54.
Invoquemos com fé e esperança o Paráclito, para que se renovem, na Igreja dos
nossos dias, os prodígios do primeiro Pentecostes. Penso que sempre ficamos
admirados com a profunda mudança operada pelo Espírito Santo nos Doze. Depois
de lançarem fora os seus temores, foram para a rua com segura ousadia, para
falar de Cristo a todos os que encontravam. Quando surgiram maiores
dificuldades, recorreram à oração, firmemente apoiados nas palavras do Senhor,
que tinha prometido uma assistência especial do Consolador nesses momentos
(cfr. Jo 14, 15-18, Lc 21, 12-15). E assim, o livro dos Atos relata que, mal
acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios
do Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus (Act 4, 31).
O
Mestre disse aos Apóstolos: quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade,
ensinar-vos-á toda a verdade (Jo 16, 13). O Paráclito inspirou os apóstolos,
até a Revelação operada por Jesus Cristo ter ficado concluída com a morte do
último deles. Além disso, essas palavras de Jesus dizem-nos que a assistência
do Espírito de verdade não faltou nem faltará à Igreja de todos os tempos, duma
maneira especial ao Magistério autêntico; e, se recorrermos a Ele, o mesmo
Consolador conduz cada um de nós a um conhecimento cada vez mais profundo do
mistério do Salvador. Um conhecimento que é também amor, pois a caridade
difunde-se nos nossos corações pelo mesmo Espírito Santo (cfr. Rm 5, 5).
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Operis Dei
Nota: Publicação devidamente
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