21/01/2013

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 32


32. Não se pode pressupor o conhecimento destas verdades fundamentais. Muitas pessoas não conhecem Deus ou têm d’Ele uma ideia errada. Uns imaginam um Deus zeloso do cumprimento da lei, sempre pronto a castigar, ou um Deus a que se recorre somente em caso de necessidade; outros acreditam num Deus encerrado na sua própria felicidade, muito longe das penas e angústias dos homens... Não deixemos de nos perguntar se, pela nossa alegria e paz, os que nos veem podem tocar a Bondade do Senhor com os seus filhos.
                                                           
Todos necessitamos de reforçar constantemente «essa base de ideias claras sobre os temas fundamentais para estar em condições de iluminar tantas inteligências e de defender a Igreja dos ataques, que recebe às vezes de todas as partes: ideias claras sobre as verdades dogmáticas e morais; sobre as exigências da família e da educação cristã; sobre os direitos ao trabalho, ao descanso, à propriedade privada, etc.; sobre as liberdades fundamentais de associação, de expressão, etc. Desta forma, podereis experimentar gozosamente a verdade daquelas palavras: véritas liberábit vos (Jo 8, 32), porque a verdade vos dará alegria, paz e eficácia» [57].

Peçamos decididamente ao Espírito Santo que nos auxilie, para sabermos apresentar um testemunho convincente e expor, com a ciência e a formação de cada um, os argumentos racionais que ajudem cada criatura a abrir a sua mente à verdade. Rezemos com perseverante confiança. Este ponto é o mais importante; recordemos a promessa do Senhor: digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. (Mt 18, 19). Se permanecermos bem unidos na oração, cerrando fileiras como um exército em ordem de batalha (Ct 6, 4), uma batalha de paz e de alegria, conseguiremos do Céu o que suplicamos a Deus.

Comentando o versículo do Evangelho que acabo de transcrever, Bento XVI assinala que «o verbo que o evangelista usa para “se unirem” (…) refere-se a uma “sinfonia” dos corações. É isto que atrai o coração de Deus. Por conseguinte, a sintonia na oração manifesta-se importante para as finalidades do seu acolhimento por parte do Pai celeste»[58]. Mantenhamo-nos sempre muito unidos ao Papa e às suas intenções, pois desta forma nos aproximaremos mais de Cristo e, com Ele, pelo Espírito Santo, a nossa oração chegará eficazmente a Deus Pai.



Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[57] S. Josemaria, Carta 9-I-1959, n. 34.

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