São
santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre
depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho
com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)
Para
que não te afastes por cobardia da confiança que Deus deposita em ti, evita a
presunção de menosprezar ingenuamente as dificuldades que aparecerão no teu
caminho de cristão. Não temos de estranhar. Trazemos em nós mesmos –
consequência da natureza decaída – um princípio de oposição, de resistência à
graça: são as feridas do pecado original, agravadas pelos nossos pecados
pessoais. Portanto, temos de empreender as ascensões, as tarefas divinas e humanas
– as de cada dia – que sempre desembocam no Amor de Deus, com humildade, com
coração contrito, fiados na assistência divina e dedicando os nossos melhores
esforços, como se tudo dependesse de nós mesmos.
Enquanto
pelejamos – uma peleja que durará até à morte – não excluas a possibilidade de
que se levantem, violentos, os inimigos de fora e de dentro. E, como se fosse
pequeno o lastro, às vezes, acumular-se-ão na tua mente os erros cometidos,
talvez abundantes. Em nome de Deus te digo: não desesperes. Quando isso suceder
– não tem necessariamente que suceder, nem será o habitual – converte essa
ocasião num motivo para te unires mais com o Senhor; porque Ele, que te
escolheu como filho, não te abandonará. Permite a prova, para que ames mais e
descubras com mais clareza a sua contínua protecção, o seu Amor.
Insisto,
tem ânimo, porque Cristo, que nos perdoou na Cruz, continua a oferecer o seu
perdão no Sacramento da Penitência e sempre temos um advogado junto do Pai,
Jesus Cristo, o Justo. Ele mesmo é a vítima de propiciação pelos nossos
pecados, e não somente pelos nossos mas também pelos de todo o mundo, para que
alcancemos a Vitória. (Amigos de Deus, 214)
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