Educação para a santidade.
“Convém que não
se percam essas tradições maravilhosas de rezar em família, mas sem os obrigar.
Que vos vejam conservá-las com afecto, que saibam a que horas se reza o Terço,
e acabarão por se juntar a vós. Mas sem os forçar! Se se põem a jeito – o que
acontecerá se fazes o possível por ser amigo deles – explicai-lhes a sós: olha,
este costume que temos é uma coisa de séculos, e devemos continuá-lo porque
agrada muito a Nossa Senhora, porque é grato a Deus, e assim Ele nos abençoa.
Mas fá-lo quanto tu quiseres, com toda a liberdade. E voltarão” [i].
A margem de liberdade será pouco a pouco mais ampla, na medida do seu crescimento e desenvolvimento. Também este é um traço destacado da pedagogia de S. Josemaria Escrivá: não temer a liberdade, porque sem ela não há verdadeiro amadurecimento. O próprio Cristo quis correr o risco da nossa liberdade, gostava de dizer. E convidava ao mesmo tempo à paciência (“porque Deus tem muita paciência connosco”), a não ter pressa com as almas, precisamente porque se tem urgência de as formar bem.
“Não podes obrigar os teus filhos mais velhos a cumprir à força as obrigações religiosas. Não deves puxar-lhes as orelhas e dizer-lhes: vais comigo à Missa. Porque, ainda que materialmente os leves à igreja, se não querem ouvir a Santa Missa, não a ouvem.
Que saibam que fazem mal e que ofendem a Deus; e que o ofendem gravemente, se não cumprem as suas obrigações em matéria grave. Mas tu, fica tranquila, e reza. Recorda-te de Santa Mónica a rezar pelo seu filho Agostinho. Se rezares por eles, depois de ter-lhes explicado os seus deveres, está certa de que Deus acabará por mover os seus corações, e o Espírito Santo arrastará aquelas almas. Aqueles corações, até à contrição e à boa conduta” [ii].
michele dolz, publicado em Romana, n. 32 (2001), 2011.09.12
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