Jesus perguntou-lhe: “Que queres que te
faça? Mestre, que eu veja!”, respondeu-lhe o cego. Jesus disse-lhe:”Vai, a tua
fé te salvou! E logo recuperou a vista e seguiu a Jesus na viagem. - S.
Marcos, 10-51
Olhamos tanto quanto podemos as
estrelas, os planetas, as constelações, o universo, e todas essas suas
dimensões sobre-humanas que não alcançamos - e não duvidamos.
Interiorizámos o átomo, o seu núcleo,
os neutrões e os protões e todos esses infinitesimais menores, que não podemos
ver, tocar, sentir, ou, sequer, perceber na sua complexidade estrutural, de
todo em todo - e não duvidamos.
Mas duvidamos que um feto humano ainda
não nascido, porque tem o azar de não ter 10, ou 12 ou 13 semanas ou outras
idades absolutamente hipócritas, mas que podemos ver, tocar, sentir e vibrar no
pulsar milagroso do seu pequenino coração, seja uma pessoa.
Supõe-se que seja uma coisa.
A estupidez, a maldade e a cegueira
humanas, na verdade, não têm limites, como o universo.
Também não duvidamos!
(miguel alvim, 2006)
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