Chove
lá fora
e
a água escorre
nos
vidros das janelas
lavando-os
do pó
que
foi levantado pelo vento
que
passou na terra seca.
Dentro
de mim,
do
meu coração
o
pó da minha secura
agarra-se,
quase
desesperado,
como
algo que não quer ser lavado,
como
algo que ali está,
sempre
esteve,
a
obstruir os canais da vida,
o
pulsar de um sangue novo,
que
traz a vida nova
à
vida envelhecida.
Abro
o meu coração,
à
Tua chuva Senhor,
água
de vida nova,
água
sempre a jorrar
que
docemente,
gentilmente
quase
sem se notar,
vai
lavando o pó já velho
que
não me deixa amar.
E
chove agora um rio
um
rio de água sem fim,
que
lava tudo à passagem
e
desperta a vida nova
no
meu coração,
bem
dentro de mim.
Sim
é verdade
o
dia está triste,
cinzento,
mas
a verdade é que em mim
tudo
é festa no momento
porque
chove a água nova
que
lava todo o pecado,
que
dá força
e
mata a sede,
a
quem se abre à ventura
de
se deixar encontrar
ao
jorrar
do
Teu amor.
Desse
Teu amor sem fim.
corrente
de água pura,
cristalina
e santa,
que
lava todo o pó
agarrado
ao homem velho,
e
que da semente já morta
germinada
no amor,
regada
na esperança,
faz
nascer a vida nova,
vida
que é para sempre,
porque
essa vida…
és
Tu,
só
Tu,
e
sempre Tu,
Senhor!
Monte
Real, 7 de Abril de 2008
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