Mas na nossa vida a nossa relação com Deus não é tão simples nem rápida. A presença do Senhor já não é evidente para os nossos sentidos. Procuramos Deus porque ouvimos falar dele; o Senhor pergunta-nos e nós seguimo-lo torpemente com o nosso pecado. Mas continuamos sem saber onde mora. E perguntamos “onde te escondes, Senhor?”, “por que te escondes?”, como se realmente quisesse aborrecer-nos escondendo-se. Na realidade o que perguntamos é “Senhor para onde foste viver, que não te encontro?”.
O Senhor nem se esconde nem se oculta: a sua Presencia impregna tudo e está em tudo. Começando pelo nosso próprio coração. A nossa cegueira impede-nos de viver com Ele quando Ele já vive em nós. O maravilhoso de tudo isto é que, pela sua misericórdia, nos permite crer que Ele se esconde e, assim, possamos sentir a Sua falta ainda que esteja connosco sempre.
A ausência de Deus é presença do Amor. O silêncio de Deus é grito de Salvação. Procura continua para encontrar a Aquele que sempre está.
(carlos jariod borrego [1], trad ama)
[1] Professor de filosofia num Instituto de Toledo e professor convidado de teoria educativa num instituto de ciências religiosas da mesma cidade. Interessado pela educação, presidiu à Federação toledana de CONCAPA durante quatro anos e é co-fundador e presidente da associação toledana de professores Educação e Pessoa.
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