23/01/2012

Leitura Espiritual para 23 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 1, 1-22

1 Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: “Eis que envio o Meu mensageiro diante de Ti, o qual preparará o Teu caminho”. 3 Voz do que brada no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas”. 4 Apareceu João Baptista no deserto, pregando o baptismo de penitência para remissão dos pecados. 5 E ia ter com ele toda a região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém, e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6 Andava João vestido de pêlo de camelo, trazia um cinto de couro atado à volta dos rins e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 7 E pregava, dizendo: «Depois de mim vem Quem é mais forte do que eu, a Quem eu não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias. 8 Eu tenho-vos baptizado em água, Ele, porém, baptizar-vos-á no Espírito Santo». 9 Ora aconteceu naqueles dias que Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no Jordão. 10 No momento de sair da água, viu os céus abertos e o Espírito Santo que descia sobre Ele em forma de pomba; 11 e ouviu-se dos céus uma voz: «Tu és o Meu Filho amado, em Ti pus as Minhas complacências». 12 Imediatamente o Espírito impeliu Jesus para o deserto. 13 E permaneceu no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos O serviam. 14 Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus 15 e dizendo: «Completou-se o tempo e aproxima-se o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evangelho». 16 Passando junto do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 17 Jesus disse-lhes: «Vinde após Mim e Eu vos farei pescadores de homens». 18 Imediatamente, deixadas as redes, seguiram-n'O. 19 Prosseguindo um pouco, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam também numa barca a consertar as redes. Chamou-os logo. 20 Eles, tendo deixado na barca seu pai Zebedeu com os jornaleiros, seguiram-n'O. 21 Depois foram a Cafarnaum; e Jesus, tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava. 22 Os ouvintes ficavam admirados com a Sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.

Talita Kum - Levanta-te
…/22

O salvador é um vencedor, um atleta, um líder de atracção irresistível.

Com Jesus é diferente.
Não fala de vitórias, nem de batalhas, nem de guerras e, muito menos de vinganças, de desforra.
A Sua voz serena e grave tem um tom de suave recriminação, de apaziguamento.
Não faz acepção de pessoas, não nega a atenção a ninguém.
Move-o o sofrimento, a dor, a angústia dos que dele se acercam. Emociona-se quando contempla as praças das cidades pejadas de estropiados, coxos, cegos, destroços humanos na mais gritante miséria.

Fala em Seu nome.
Diz sempre: «Eu digo-vos»! [1]

E, não obstante a serenidade da sua voz, este ‘Eu digo-vos’ tem uma força, um poder que convence, arrasta, entusiasma.

Alguns têm assistido a coisas extraordinárias: cura de doentes graves, leprosos que ficam limpos, cegos que passam a ver, possessos tranquilizados e em paz, tempestades que se convertem em bonança, vagas alterosas que se abatem em ligeira ondulação ou uns milhares de pessoas saciadas com uns poucos de peixes e de pães.
E, não menos estranho, é que todos O ouvem quando fala, não importa a distância a que esteja e, mais estranho ainda, todos O entendem como se falasse nas suas próprias línguas.

Os Evangelhos nunca o referem expressamente, mas é evidente, numa multidão de uns milhares de pessoas alguns ficarão a uma distância considerável do orador, ou quando vêm gentes de tantos lugares e países, é mais que provável que muitos não falem ou entendam aramaico. [2]

[3]…/


[1] Cf. Mc 12, 1-8.
[2] Durante o século I, na terra onde Jesus viveu, sabe-se que eram usadas quatro línguas: aramaico, hebraico, grego e latim.
De todas elas, a oficial e ao mesmo tempo a menos empregue era o latim. Usavam-na quase exclusivamente os funcionários romanos ao conversar entre si, e conheciam-na algumas pessoas cultas. Não parece provável que Jesus tivesse estudado latim, nem que o empregasse na sua conversação habitual nem na sua pregação.
No que diz respeito ao grego, não seria surpreendente que Jesus se servisse alguma vez dele, já que muitos dos camponeses e artesãos da Galileia conheciam esta língua; pelo menos os rudimentos necessários para uma actividade comercial simples ou para comunicar com os habitantes das cidades, que na sua maioria gentes de cultura helénica. Também se empregava na Judeia. Calcula-se que falariam grego entre oito e quinze por cento dos habitantes de Jerusalém. Apesar de tudo, não se sabe se Jesus empregou alguma vez o Grego, nem é possível deduzi-lo com certeza de nenhum texto, ainda que também não seja possível negar essa hipótese. È possível, por exemplo, que Jesus tivesse falado com Pilatos nessa língua.
Pelo contrário, as repetidas alusões dos Evangelhos à pregação de Jesus nas sinagogas e às suas conversas com fariseus sobre os textos da Escritura, tornam mais que provável que conhecesse e empregasse a língua hebraica nalgumas ocasiões.
No entanto, embora Jesus pudesse conhecer e usar algumas vezes o hebraico, é provável que na conversação corrente e na pregação, Jesus falasse habitualmente em aramaico, que era a língua de uso diário entre os judeus da Galileia. De facto, em algumas ocasiões o texto grego dos evangelhos deixa em aramaico algumas palavras ou frases soltas postas na boca de Jesus; talitha kum (Mc5,41), qorban (Mc 7,11), effathá (Mc 7,34), geena (Mc 9,43), abba (Mc 14,36), Eli, Eli lemá sabachtani? (Mc 15,34), ou dos seus interlocutores: rabboni (Mc 10,51).
Os estudos acerca do suporte linguístico dos evangelhos apontam para que as palavras recolhidas neles tivessem sido pronunciadas originalmente numa língua semítica: hebraico ou, mais provavelmente, aramaico.
Na estrutura peculiar do grego usado nos evangelhos, transparece uma matriz sintáctica aramaica. O mesmo se pode também deduzir pelo facto de os evangelhos colocarem na boca de Jesus umas palavras que adquirem uma força especialmente expressiva quando traduzidas ao aramaico, e de que há palavras que são utilizadas com uma carga semântica diferente do habitual no grego, e que resultam de um uso de tipo semítico. Inclusivamente, em algumas ocasiões, ao traduzir os evangelhos para uma linguagem semítica observam-se no texto algumas palavras, que estão ocultas no original grego. (cf. ww.opusdei.org, Textos elaborados por uma equipa de professores de Teologia da Universidade de Navarra, dirigida por Francisco Varo).
[3] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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