Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Evangelho: Mt 27, 45-66
45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. 46 Perto da hora nona, exclamou Jesus com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabachtani?», isto é: «Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?». 47 Ao ouvir isto, alguns dos que ali estavam, diziam: «Ele chama por Elias». 48 Imediatamente, um deles, a correr, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la sobre uma cana, e dava-Lhe de beber. 49 Porém, os outros diziam: «Deixa; vejamos se Elias vem livrá-l'O». 50 Jesus, soltando de novo um alto grito, expirou. 51 E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, a terra tremeu, as rochas fenderam-se, 52 as sepulturas abriram-se, e muitos corpos de santos, que tinham adormecido, ressuscitaram, 53 e saindo das sepulturas depois da ressurreição de Jesus, foram à cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele estavam de guarda a Jesus, vendo o terramoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: «Na verdade Este era Filho de Deus!». 55 Estavam também ali, olhando de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus servindo-O desde a Galileia. 56 Entre elas estava Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. 57 Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. 58 Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos mandou então que lhe fosse dado o corpo. 59 José, tomando o corpo, envolveu-O num lençol limpo, 60 e depositou-O no seu sepulcro novo, que tinha mandado abrir numa rocha. Depois rolou uma grande pedra para diante da boca do sepulcro, e retirou-se. 61 Maria Madalena e a outra Maria estavam lá, sentadas diante do sepulcro. 62 No outro dia, que é o seguinte à Preparação, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus foram juntos ter com Pilatos, 63 e disseram-lhe: «Senhor, lembramo-nos que aquele impostor, quando ainda vivia, disse: “Depois de três dias ressuscitarei”. 64 Ordena, pois, que seja guardado o sepulcro até ao terceiro dia, para que não venham os discípulos, O roubem, e digam ao povo: “Ressuscitou dos mortos”. E assim, o último embuste seria pior do que o primeiro». 65 Pilatos respondeu-lhes: «Tendes guardas; ide, guardai-O como entenderdes». 66 Foram, e tomaram bem conta do sepulcro, selando a pedra e pondo lá guardas
Talita Kum - Levanta-te
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«Não conseguia deter a corrente.
Caudaloso, o rio, levava-me no seu seio numa viagem rápida, vertiginosa para um destino que, pensava eu, só poderia ser o mar. Mal podia manter a cabeça fora de água e, quando o conseguia, quase sufocava com as golfadas que me entravam pela boca, pelo nariz...
O que seria de mim se não conseguisse aproximar-me da margem, encontrar algo a que pudesse agarrar-me e sair daquele torvelinho?
O que seria de mim se fosse assim, não sei por quanto tempo, até ao mar?
Ne timeas! Ouvi-te, claramente.
Senhor, eu confio em Ti, sei, tenho a certeza que tudo é para bem, mas ajuda a minha debilidade, a minha pouca fé, a minha confiança que vacila.» [2]
O medo de não sermos ouvidos nas nossas preces é consequência da nossa pouca fé.
Sabemos o que somos e como somos e, essa constatação leva-nos, por vezes, a duvidar que Deus nos oiça quando Lhe pedimos algo. A oração é sempre petição.
Esquecemo-nos que Ele nos conhece intimamente, melhor, muitíssimo melhor, que nós próprios nos conhecemos e, não obstante, tem para connosco carinho e solicitude de Pai extremoso que só quer o nosso bem.
É fundamental que a nossa oração não seja anónima, desgarrada, sem convicção, mas sim, uma oração confiada de filhos.
«Ser Teu filho Senhor! Esta certeza é cada vez mais uma presença dominante no meu espírito e desejo sinceramente que assim continue, aumente e cresça até tomar conta total de mim.
De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti.
Não me afastes, Senhor.
Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.» [3]
«Lembro-me que houve muitos dias em que não conseguia rezar de uma forma consistente. Os pensamentos entrechocavam-se e resultavam numa ‘confusão’ sem sentido. Entreguei-me com decidida persistência às orações vocais: Ave-Marias, Pai-nossos, Mistérios do Rosário, as orações simples que rezo desde criança. Aprendi agora que não me aconteceu nada de estranho, nem fui o primeiro – nem serei seguramente o último – a ‘passar’ por tal transe. [4]
«Para que a oração desenvolva força purificadora, deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo. O cardeal Nyugen Van Thuan contou no seu livro de Exercícios Espirituais, como na sua vida tinha havido longos períodos de incapacidade para rezar, e como ele se tinha agarrado às palavras de oração da Igreja: ao Pai-nosso, à Ave-Maria e às orações da Liturgia. (Testimoni della speranza, Città Nuova, 2000, 156 ss.) Na oração, deve haver sempre este entrelaçamento de oração pública e oração pessoal, Assim podemos falar a Deus, assim Deus fala a nós» [5]
«De facto, nada é novo, não somos os primeiros em nada, antes de nós, já alguém pensou, fez ou desejou algo semelhante.
Esta é, sem dúvida, a tendência que todos mais ou menos, temos para nos considerar-mos únicos, peculiares, especiais.
Na verdade só somos particulares aos olhos de Deus, que nos conhece pelo nosso nome, pelo qual nos chamou mesmo antes do início do mundo.
Se acreditar-mos nisto, que é essencial para a nossa fé, facilmente concluiremos que, o nosso caminho se cruza, definitivamente, com o caminho do Jesus que passa, na nossa vida, sempre tão perto de nós» [6]
[7]…/
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