09/01/2012

Leitura Espiritual para 09 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mt 22, 41; 23, 12

41 Estando reunidos os fariseus, Jesus interrogou-os: 42 «Que vos parece do Cristo? De quem é Ele filho?». Responderam-Lhe: «De David». 43 Jesus disse-lhes: «Como é, pois, que David Lhe chama Senhor, inspirado pelo Espírito, dizendo: 44 “Disse o Senhor ao Meu Senhor: Senta-te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos debaixo dos Teus pés”?  45 Se, pois, David Lhe chama Senhor, como pode ser seu filho?». 46 Ninguém era capaz de Lhe responder uma só palavra. E daquele dia em diante ninguém mais ousou interrogá-l'O.
1 Então, Jesus falou às multidões e aos Seus discípulos, 2 dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. 3 Observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem. 4 Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. 5 Fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e mais compridas as franjas dos seus mantos. 6 Gostam de ter os primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. 8 Mas vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. 9 A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, O que está nos céus. 10 Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. 11 Quem entre vós for o maior, seja vosso servo. 12 Aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Talita Kum - Levanta-te
…/9

Nós, na hora de perdoar, guardamos, quase sempre, uma pequena ‘reserva’ que, mais tarde, a propósito e a despropósito, talvez lembremos. Claro, Jesus, é Deus e, nós somos humanos, mas, não obstante, Ele quer que O imitemos em tudo, mas, sobretudo, no perdão. Por isso fez constar na oração que ensinou, de uma forma muito clara, essa necessidade de perdoar para ser perdoado.

Se Deus fizesse exactamente o que Lhe pedimos e nos perdoasse só na medida em que perdoamos os outros – tal como rezamos no Pai-nosso – que desgraçados seríamos.
Felizmente, que o Senhor sabe muito bem de que massa somos feitos e, na Sua Infinita Misericórdia concede-nos um ‘desconto’ precioso no nosso compromisso.

Tão difícil perdoar!
Tão difícil não julgar!

«Senhor, ajuda-me a conter-me no meu tão frequente julgamento dos outros. Intimamente e de viva voz. Põe na minha frente o espelho dos meus próprios defeitos e faltas de carácter, tudo aquilo que julgo ver nos outros. Não valho nada, não sei nada, não tenho nada, não sou nada» [1]

Ao ver a Seus pés aquele pai angustiado, com certeza que Jesus Se debruçou a levantá-lo do solo. Jairo é tão claro e determinado, mostra tanta confiança e fé que, Jesus, foi com ele.

Cristo não precisa de grandes discursos, de interpelações grandiloquentes para que a Sua misericórdia se manifeste.
Deseja tão só que Lhe peçamos o que queremos. Ele já decidirá se o nosso pedido é justo e nos convém que seja atendido.

Orar, no fim e ao cabo, é a forma que temos de nos relacionarmos com o Senhor e, orar é…

«Orar é falar com Deus. Mas de quê?" De quê?! Dele e de ti; alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias..., fraquezas; e acções de graças e pedidos; e Amor e desagravo.
Em duas palavras: conhecê-lo e conhecer-te - ganhar intimidade!». [2]   

Ele sabe muito bem quem nós somos e o que somos, conhece-nos intimamente e, por isso mesmo, não se importa que nos consideremos indignos, como de facto somos, e de, não obstante, nos dirigirmos a Ele com familiaridade.
Quer, deseja, que sejamos Seus amigos e, os amigos, não têm “cerimónias” uns com os outros.
   
«Esta realidade que me atinge como um raio, deixa-me sem palavras: Jesus é meu amigo!
Sendo eu o que sou. Sendo eu como sou.
Durante os anos, e não são poucos, quantas conversas, quantos desabafos, queixas e pedidos não Lhe fiz!
Meu amigo!
Jesus é meu amigo. Com esta certeza, com este AMIGO, que mais posso precisar?
Que posso temer?» [3]

Não tenhamos receio que o que pedimos seja algo grande, muito importante, absolutamente desajustado aos nossos méritos (na verdade, não temos qualquer mérito).
Aprendamos a ser simples nas nossas conversas com o Senhor, com uma simplicidade infantil, como aconselhava São Josemaria:
«Sê ainda mais audaz e, quando precisares de alguma coisa, sempre disposto a dizer «fiat» - «faça-se a Tua Vontade» - não peças; diz "Jesus, quero isto ou aquilo", porque é assim que pedem as crianças». [4]

Porque a oração de Jairo foi assim, simples, concreta, confiada, Jesus foi com ele sem mais delongas ou perguntas.
   
Não temos junto de nós, fisicamente, como Jairo tinha naquele momento, a Pessoa de Jesus, não podemos fixar o Seu olhar amabilíssimo, apreender os Seus gestos de acolhimento e amor, mas, nos Sacrários de toda a terra, talvez algum bem próximo onde nos encontramos, Ele está realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, aguardando a nossa visita diária para uma pequena e íntima conversa a dois.

Jairo teve de informar-se por onde andava Jesus naquela hora, qual o Seu caminho, por onde passaria e tem de apressar-se pois Jesus, caminhava continuamente pelos caminhos da Palestina.
Detinha-se junto dos doentes, dos aflitos, demorava-se por vezes em pregações mais demoradas que as multidões ansiavam por ouvir.
[5]…/


[1] ama, Diário, 1998.
[2] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 91.
[3] ama, Diário, 1998.
[4] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 403.
[5] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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