Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado pelo P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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17 Ao subir Jesus para Jerusalém, tomou à parte os doze discípulos, e disse-lhes pelo caminho: 18 «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e O condenarão à morte, 19 e O entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado, e ao terceiro dia ressuscitará». 20 Então, aproximou-se d'Ele a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, prostrando-se, para Lhe fazer um pedido. 21 Ele disse-lhe: «Que queres?». Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no Teu reino, um à Tua direita e outro à Tua esquerda». 22 Jesus disse: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». 23 Disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o Meu cálice, mas, quanto a sentar-se à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo; será para aqueles para quem está reservado por Meu Pai». 24 Os outros dez, ouvindo isto, indignaram-se contra os dois irmãos. 25 Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Vós sabeis que os príncipes das nações as subjugam e que os grandes as governam com autoridade.26 Não seja assim entre vós, mas todo aquele que quiser ser entre vós o maior, seja vosso servo, 27 e quem quiser ser entre vós o primeiro, seja vosso escravo. 28 Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgate de todos». 29 Ao saírem de Jericó, seguiu-O muita gente. 30 Eis que dois cegos, que estavam sentados à beira da estrada, ouviram dizer que Jesus passava e começaram a gritar: «Senhor, Filho de David, tem piedade de nós!». 31 O povo repreendia-os para que se calassem. Eles, porém, cada vez gritavam mais: «Senhor, Filho de David, tem piedade de nós!». 32 Jesus parou, chamou-os e disse-lhes: «Que quereis que Eu vos faça?». 33 «Senhor, responderam eles, queremos que se abram os nossos olhos!». 34 Jesus, compadecido, tocou-lhes nos olhos, e no mesmo instante recuperaram a vista e O seguiram.
Talita Kum - Levanta-te
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Eram homens do mar os que, em primeiro lugar, Jesus escolheu para concretizar a Sua Missão Salvadora.
Muito particularmente, estes três, Pedro, Tiago e João, hão acompanhá-lo mais perto da Sua intimidade.
Quantas longas horas deve ter passado instruindo a sua pouca cultura, limando as rudezas do seu carácter, cimentando a sua dedicação!
Desejou tê-los consigo nos momentos mais marcantes, que conhecemos, da Sua vida pública:
Nos grandes milagres, como a ressurreição de Lázaro – e agora, neste, da filha de Jairo -, como testemunhas particulares da Sua Divindade – na Transfiguração do Tabor -, nas horas dramáticas de Getzemani.
A Pedro, impetuoso, decidido e… cobarde, desculpar-lhe-á a traição, o abandono e confere-lhe a suprema honra de ser o Seu primeiro representante na terra.
Sabe que, apesar de tudo, pode contar com ele. [1]
Jesus conversa com eles de forma que eles entendem bem: Fala-lhes do mar e da faina da pesca. [2]
Talvez não tenham percebido completamente o que encerrava esta primeira lição, mas não precisaram de mais para se decidirem. Na escolha feita por Jesus, o que contou, de facto, foi a pronta decisão de O seguirem assim que os chamou.
Certamente haveria, na Palestina, outros homens de igual carácter, com qualidades, talvez mais marcantes, muito provavelmente mais capazes de apreenderem com maior rapidez a missão que lhes destinaria.
Mas, no mar, sozinho entre o céu e as águas profundas e misteriosas, o homem sente-se mais entregue a si mesmo, percebe que a sua vida depende da sua perícia, da sua aptidão, da sua capacidade de enfrentar as dificuldades
E, o Senhor, passa adiante...
Há muitíssimos portos que, aparentemente, podem parecer-nos atraentes, interessantes. Talvez, até, adequados àquilo que costumamos chamar “a nossa maneira de ser”.
Vamos por ali, navegando como sabemos e podemos, determinados umas vezes, outras tergiversando, lutando contra os ventos e as marés, as tempestades ou as faltas de vento que enfunem as velas da nossa esperança.
Consideramo-nos marinheiros experimentados, sabendo muito bem como fazer para chegar ao porto?
Temos a certeza que os meios que usamos são os mais adequados, em cada momento e circunstância, para atingir o nosso fim?
Não seria muito melhor deixar nas mãos de Cristo o leme da nossa barca?
Ele sabe como fazer – sempre – para levar essa barca, que é a nossa vida, pelas águas mais tranquilas, no rumo mais certeiro, com os ventos mais favoráveis.
Nas borrascas, estará firme no Seu posto, no cansaço da luta não Se deixará vencer nem pela fadiga nem pelo desânimo.
No fim e ao cabo, Ele, é o Caminho!
Cristo está junto ao mar porque quer ver como nos comportamos na nossa barca, na nossa navegação. Ele sabe muito bem os perigos que o mar desta vida tem, conhece profundamente e em detalhe as nossas incapacidades e deficiências como “marinheiros”.
Está ali, para “o que der e vier”.
Da praia, se nos vir em perigo, aflitos com a perda do rumo, acenar-nos-á para que vamos ter com Ele.
É tão bom saber que Cristo está na praia do nosso mar!
Que confiança nos dá o sabê-lo ali, disponível para o que for preciso!
Mesmo quando não nos damos conta, ou pior, quando ignoramos a Sua presença, Ele está lá, sempre, solícito e pronto a acudir-nos.
Mesmo quando nos consideramos importantes, capazes, instruídos, sabedores, vamos ter com Ele.
Foi numa praia que Jesus deu início à fantástica história da salvação humana. [3]
[4]…/
[1] De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» «Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste? (Mt 14, 28-31).
[2] Encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus, Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.» Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.» Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando. Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus. (Lc 5,1-11).
[3] Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no (Mt 4, 18-22).
Que boa maneira de iniciar o dia!
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