1 Disse também a Seus discípulos: «Um homem rico tinha um feitor, que foi acusado diante dele de ter dissipado os seus bens. 2 Chamou-o, e disse-lhe: Que é isto que eu oiço dizer de ti? Dá conta da tua administração; não mais poderás ser meu feitor. 3 Então o feitor disse consigo: Que farei, visto que o meu senhor me tira a administração? Cavar não posso, de mendigar tenho vergonha. 4 Já sei o que hei-de fazer, para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa. 5 E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? 6 Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma o teu recibo, senta-te e escreve depressa cinquenta. 7 Depois disse a outro: Tu quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o feitor: Toma o teu recibo e escreve oitenta. 8 E o senhor louvou o feitor desonesto, por ter procedido sagazmente. Porque os filhos deste mundo são mais hábeis no trato com os seus semelhantes que os filhos da luz».
Comentário:
Para 'bom entendedor' Jesus não gaba a infidelidade nem exalta a esperteza do administrador mas refere a sua previdência: preparar enquanto pode e tem tempo, um futuro incerto mas que adivinha.
Também nós não sabemos exactamente o que nos está reservado mas sabemos, pelo menos, que será uma de duas coisas:
A desventura ou a felicidade eternas.
Com esta certeza, mais vale preparar, com tempo, que é este de agora e não outro, a felicidade da vida eterna que é a única coisa que realmente nos deve interessar.
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