23/10/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

O esquecimento da substância

Husserl

Evidentemente, pensamos nos outros que é claro que o homem pode carregar de significado as coisas, mas o significado acrescenta-se ao ser objectivo que as coisas têm. O relógio que possuo sobre a mesa pode ter um significado muito pessoal para mim porque é uma recordação do meu pai, mas não deixa de ser um relógio. O significado que o sujeito da não pode substituir a realidade objectiva das coisas. O objecto não é puro correlato da minha consciência. Quando capto que há algo, quero dizer que face a mim há uma realidade que se diferencia do meu eu como subjectividade. Dizer que há algo significa que há uma excepção ao nada, algo que existe e que está aí, um ser subsistente, uma substancia em virtude da qual sei que existia antes que eu o conhecesse. Tenho a certeza de que aí há algo temporalmente anterior ao meu conhecer, porque a capto como subsistente, como uma substancia. Há que voltar ao realismo puro, para constatar: aí há uma realidade. O ser em geral não existe.
Mais adiante veremos que Zubiri não chega à substância, fica-se na fenomenologia.
josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.