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Princípio de substância (I)
A substância
Res sunt: há coisas, existem realidades. Este é o ponto de partida da reflexão filosófica. A filosofia parte da constatação de que existem coisas antes que nada: res sunt. Esta é a primeira evidência que o homem tem e dela nasce a filosofia. O facto de que as coisas existem constitui o fundamento inamovível da especulação filosófica. É uma primeira evidência que de nenhum modo admite demonstração. Se não captássemos isto, seríamos simplesmente animais.
Supomos esta realidade das coisas sempre que pensamos. Nem sequer poderíamos falar de não conhecer as realidades que nos rodeiam como tais realidades. Com efeito, a linguagem simbólica consiste em que o homem dá a cada realidade que existe um nome que a significa e representa. Mas isto não seria possível se não as conhecesse previamente como realidades distintas na sua subjectividade: res sunt. Diz categoricamente Gilson: «se o ente constitui o primeiro objecto do intelecto uma vez concebido, ele deve-se a que ele resulta imediatamente percebido: res sunt, ergo cogito».
[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.
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