Tinha como missão preparar os pequenos pastores para os acontecimentos que se tornariam, de Maio a Outubro de 1917, no mais extraordinário evento alguma vez verificado em terras lusitanas cujo eco se espalharia por todo o mundo e cuja repercussão alcançaria dimensões insuspeitadas.
A primeira coisa que fez foi ensinar as crianças a rezar:
Meu Deus, eu creio, adoro espero e amo-vos;
Peço-vos perdão pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Santíssima Trindade, Pai Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação pelos sacrilégios, ultrajes e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos do Seu infinito Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores.
Estas duas orações, que desde então fazem parte das invocações diárias de milhares de portugueses, encerram em si mesmas, um clamor iniludível dos corações preocupados e contritos. O País estava, então, numa crítica situação, imperava a guerra aberta contra a Igreja, contra a Fé, a maçonaria ditava as suas leis destruidoras da família e, consequentemente, imperava o desnorte, o desgoverno a balbúrdia social mais completa. Parecia “ser tempo” de o Céu “fazer algo” para evitar que este País velho de séculos, que dera novas luzes ao mundo e levara a Fé e a Palavra de Cristo até aos mais remotos lugares da terra, soçobrasse sob o peso de tamanha carga.
Para “conseguir” que o Céu intervenha há primeiro que reconhecer o verdadeiro estado calamitoso a que se chegou e pedir perdão, por nós e pelos outros e…não só pedir perdão mas desagravar efectiva e realmente o Coração de Jesus ofendido por tantas diatribes, malfeitorias e ataques à Sua Igreja e aos seus filhos.
Hoje, dia de Portugal, é o dia do Anjo de Portugal e parece ser actual e urgentíssimo a mensagem que trouxe em 1917:
Pedir perdão e desagravar!
ama, Monte Real, 2011.06.10
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