8. Três falhas fatais do relativismo moral e cultural
Sob este enunciado, Gairdner aponta três faltas de esses dois relativismos.
A. Segundo o relativismo, todas as crenças e práticas são aceitáveis. Se tal é sustentado, então nada há que dizer sobre a bondade ou a verdade das coisas e todas as culturas e sistemas de moral se encontram numa posição óptima que não admite a ideia de melhoria.
Nada existiria que uns pudessem aprender de outros pois tudo atingiu o ponto da perfeição.
B. O relativismo afirma que a moralidade está determinada pelas crenças culturais e suas práticas. Se se defende isso, deve concluir-se que o canibalismo pode ser mau aqui e agora, mas que foi bom noutro momento ou é bom noutro local.
Quer dizer, o que num lugar ou num momento se crê tem o poder de alterar a natureza do objecto. E, mais ainda, a verdade e a moral dependerão do número de pessoas que creiam em algo.
C. Segundo o relativismo, todas as culturas são igualmente boas. Se isto se sustenta, então chega-se a conclusões que são absurdas: considerar como desejáveis e positivos costumes como a escravidão, os sacrifícios humanos, os genocídios, se é que essas práticas são parte da cultura num momento e lugar.
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