06/04/2011

Confidências de alguém - 2

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


A minha cruz de todos os dias.

Esta cruz, estas pequenas cruzes, que vou carregando todos os dias que passam, estou eu disposto a levá-las aos ombros com amor?
Bem sabes Senhor - e eu também sei - que estas cruzes são o resultado directo das minhas fraquezas, das minhas faltas de carácter.
São cruzes pessoais, cruzes feitas por mim mesmo.
Que mérito podem ter?
Não sei, sei que embora resultado das minhas próprias faltas me façam sofrer, as consequências, das quais a humilhação é sem dúvida a maior, são desastrosas.
De qualquer modo é uma cruz, são pequenas cruzes.
Pensando bem, tenho muitas graças a dar a Deus, meu amigo e meu Pai, por me dar estas cruzes como resultado do meu mau comportamento.
Suponhamos por um instante que nada acontecia, se tudo aquilo que faço de mal feito, as faltas que cometo, os atropelos, as malfeitorias, os pecados, não tivessem consequências directas?
Que se passaria?
Nada.
Continuaria a fazer as mesmas coisas, certamente caindo cada vez mais fundo e perdendo a oportunidade de me regenerar, arrepender, voltar atrás.
Tenho portanto de dar graças a Deus por isso mesmo.
É mais um acto de amizade e amor por mim, este dar-me oportunidade para cair em mim.
Tenho confiança que Deus compreende esta minha postura, esta minha forma de ver as coisas.
Tudo tento para melhorar, mesmo que seja desta forma.

De noite, José de Arimateia foi falar com Jesus.
Pois claro, não lhe convinha ir de dia para não ser visto e não ter que dar explicações.
Mas ia ter com Jesus...
Isto é que é importante.

Eu também me sirvo destes meios complicados e talvez pouco ortodoxos, mas estou com Jesus também, procurando reflectir, encontrar-me com Ele e dizer-lhe com a humildade possível ao meu carácter: 

Aqui estou! Ajuda-me que, eu, não posso nada!






Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.