17/03/2011

Crise

Observando

Tempos negros de crise profunda

Mergulhada num ritual

De suspiros e lamentações

Numa alterosa vaga que inunda

O enorme estendal

De sacrifícios e privações.

Não chega, não basta

Nem estultos esforços chegam

Para resolver a questão

Que demora e se arrasta

Na atitude dos que se negam

Só sabendo dizer que não.

Que isto não fica assim

Todos sabemos de cor

E vimos os contornos do quadro

Há-de bater no fundo e assim

Num último rito de dor

A procissão passará do adro

E será então o fim!


AMA, 2011.01.21

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