Durou por quase dois mil anos; e no seu seio o mundo tem sido mais lúcido, mais equilibrado, mais racional em suas esperanças, mais sadio nos seus instintos, mais sereno e alegre diante do destino e da morte do que todo mundo de fora. Pois foi a alma da cristandade que nasceu daquele incrível Cristo: e essa alma era o bom senso. Embora não ousássemos olhar para o seu rosto, poderíamos olhar para os seus frutos; e pelos seus frutos o reconheceremos. Os frutos são sólidos e a produção é muito mais que uma metáfora; em lugar algum deste triste mundo encontram-se meninos mais felizes no alto das macieiras, ou homens formando coros mais uniformes enquanto pisam as uvas sob o clarão fixo dessa urgente e intolerante iluminação: o relâmpago eternizado como luz.
(G. K. Chesterton, O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)
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