16/12/2010

Bom Dia! 78


“Que já trabalhei muito e duramente agora tenho direito a 'sopas e descanso' “

Claro, direito até pode ter se considerar que há tempo para trabalhar e tempo para descansar, só que, nenhum destes 'tempos' é permanente, isto é, deve intervalar-se o trabalho com o merecido descanso. A questão reside no conceito de descanso.

Para o sujeito que faz a afirmação acima é evidente que considera que descansar é não fazer nada e, isto, é absolutamente errado.

Descansar é justamente intervalar o trabalho habitual com qualquer outra actividade útil. Dormir mais que o costume pode ser útil para quem, normalmente goza de poucas horas de sono.
Passear, deambular por terras ou locais que não se conhecem constitui um bom descanso e, ao mesmo tempo a possibilidade de conhecer e contactar coisas novas e, assim, enriquecer-se.
Não fazer nada além de não ter justificação nenhuma é uma lamentável perda de tempo. Um tempo que é sempre precioso e insubstituível já que é impossível recuperar o tempo que passou.

Arrastar-se - na exactidão do termo - para o local de trabalho como um condenado a quem não resta alternativa, é uma figura comum e, infelizmente, frequente.
Nada, absolutamente se fez ou fará sem trabalho e mais... Sem trabalho dedicado e persistente, seja ele qual for, intelectual ou braçal, de enorme grandiosidade ou discreto e apagado.

O ser humano está chamado a contribuir com a parte que especificamente lhe couber, para o desenvolvimento do mundo, do ambiente, da sociedade em que vive. E, esta contribuação, é a sua quota parte no trabalho, no esforço comum.

E, a verdade, como de resto já vimos, se escamotear esta contribuição fica um vazio que ninguém mais pode preencher porque, mesmo que quisesse nunca o faria como aquele que o não fez.

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