Sábado 13 Nov
Evangelho: Lc 18, 1-8
1 Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: 2 «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. 3 Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. 4 Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, 5 todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». 6 Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. 7 E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? 8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».
Comentário:
Não o recomendou porque Deus precise da nossa oração para alguma coisa - Deus não precisa de nada - mas porque nós, homens, necessitamos, diria eu, desesperadamente, da oração, para nos mantermos vivos espiritualmente e, até, fisicamente.
Como já temos considerado algumas vezes, temos bem presente que rezar não é fazer grandes coisas, práticas intermináveis, orações extensíssimas, enfim; rezar é sobretudo falar intimamente com Deus, de filho para Pai, com respeito, sem dúvida, mas com enorme confiança e indiscutível amor.
«Sê ainda mais audaz e, quando precisares de alguma coisa, sempre disposto a dizer "Fiat" - faça-se a Tua Vontade - não peças; diz: "Jesus, quero isto ou aquilo", porque é assim que pedem as crianças.» (S. Josemaría, Caminho, 403)
Nada posso acrescentar a estas sábias palavras. Os nossos filhos pequenos sempre nos pediram as coisas assim: "Quero isto!...” nós, na nossa sabedoria de pais, julgámos sempre da conveniência de acedermos ou não ao pedido.
Não poucas vezes porém, a nossa decisão foi influenciada pela insistência da criança que nos "massacrou" a paciência repetindo uma e outra vez a mesma cantilena: - "Pai, quero isto!; Pai, dá-me aquilo!..."
"Massacremos", diria eu, a "paciência" do Nosso Pai do Céu, com os nossos pedidos de ajuda, sem descanso, sem receio e com confiança.
Ao ver a nossa determinação e "teimosia", a Nossa Mãe do Céu, cujo mês do Rosário estamos vivendo, intercederá por nós e, tal como nas bodas de Caná, não obstante não ter chegado a Sua hora, porque Ela intercedeu pelos noivos, Jesus fará o milagre e atenderá às nossa necessidades.
(ama, palestra, Ponte de Lima Outubro de 1993)
Como imaginar o Paraíso? Se conseguir-mos fazer uma ideia da suprema beleza, da tranquilidade absoluta, do gozo mais perfeito e completo, talvez nos aproximemos um pouco dessa realidade.
(ama, comentário sobre Paraíso 3, 2010.10.20)
Doutrina: CCIC – 558: Quais as fontes da oração cristã?
CIC – 2652 – 2662
São: a Palavra de Deus, que nos dá a «sublime ciência de Cristo» (Filp 3,8); a Liturgia da Igreja que anuncia, actualiza e comunica o mistério da salvação; as virtudes teologais; as situações quotidianas, porque nelas podemos encontrar Deus.
«Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de Vos amar eternamente. Meu Deus, se a minha língua não pode repetir, a todo o momento, que Vos amo, quero que o meu coração o repita tantas vezes quantas eu respiro». (S. João Maria Vianney).
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