Com uma Vida Interior sólida a pessoa è naturalmente alegre, com aquela alegria sã e serena que advém da certeza de que os actos que se praticam são convenientes e agradam a Deus, ao mesmo tempo que as preocupações ou adversidades que a vida corrente sempre traz consigo nunca tomam dimensões desproporcionadas nem condicionam a vida pessoal. Antes são encaradas com naturalidade e a predisposição para as resolver e ultrapassar é muito maior porque não se encaram esses incidentes como fardos insuportáveis ou insolúveis mas, antes, vem ao de cima a confiança, a esperança e a certeza que nada é superior às próprias forças porque se sabe, com segurança, que Deus, se permite a carga também proporciona os meios para a suportar.
Porque é que São Josemaria, como já se disse, é de facto um santo dos nossos dias com algo de “revolucionário”? Porque, realmente, veio ensinar uma nova forma de focar a vida comum e corrente:
«Os cristãos são para o mundo o que a alma é para o corpo. Vivem no mundo, mas não são mundanos, como a alma está no corpo, mas não é corpórea. Habitam em todos os povos, assim como a alma está em todas as partes do corpo. Actuam pela sua vida interior sem se fazerem notar, como a alma pela sua essência. Vivem como peregrinos entre coisas perecíveis, na esperança da incorruptibilidade dos céus, assim como a alma imortal vive agora numa tenda mortal. Multiplicam-se de dia para dia no meio das perseguições, assim como a alma se embeleza mortificando-se... E não é lícito aos cristãos abandonarem a sua missão no mundo, como não é permitido à alma separar-se voluntariamente do corpo.» ([i]);
«A filiação divina é uma verdade feliz, um mistério consolador. A filiação divina empapa toda a nossa vida espiritual, porque nos ensina a procurar, conhecer e amar o nosso Pai do Céu, e assim cumula de esperança a nossa luta interior e nos dá a simplicidade confiante dos filhos pequenos. Mais ainda: precisamente porque somos filhos de Deus, esta realidade leva-nos também a contemplar com amor e com admiração todas as coisas que saíram das mãos de Deus Pai Criador. E deste modo somos contemplativos no meio do mundo, amando o mundo.» ([ii])
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