A César o que é de César, a Deus o que é de Deus. ([i])
Mas o que é que, no homem é devido a César, aqui representado pelo poder que rege os povos, e o que pertence a Deus?
A fronteira não é muito nítida porque, em princípio, tudo pertence a Deus se encararmos que a realidade é que tudo, absolutamente, nos vem dele.
Na verdade, ao cumprir as suas obrigações e deveres para com a sociedade, o Estado, a pessoa está a seguir os mandamentos de Deus que, como se sabe, são a Lei Natural.
Por isso mesmo, tal - dar a César o que por direito lhe pertence - constitui um dever do homem que não pode deixar de o satisfazer sem ofender a Deus.
Visto assim, parece que a tal fronteira, na realidade não existe.
É comum, infelizmente, um certo adormecimento da consciência de muitos cristãos que encaram o não cumprimento dessas obrigações, como o pagamento de impostos, por exemplo, com ligeireza e sem preocupação.
As "justificações" são várias, as mais comuns, talvez, 'que todos o fazem' ou que 'os impostos são injustos' ou que 'as verbas deles resultantes são mal aplicadas'.
Evidentemente, tudo isto pode ser verdade mas nem por isso se exime a pessoa de cumprir a lei.
As leis emanadas pelo poder constituído são de cumprimento obrigatório, salvo no caso de atentarem contra a dignidade, a liberdade individual de decisão, a escolha pessoal de educação dos filhos, da religião e tudo aquilo que, em suma, pertença exclusivamente ao livre arbítrio da pessoa.
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