04/10/2010

Bom Dia! Outubro 04, 2010






Vem à memória, inevitavelmente, a cena evangélica da viúva pobre e das duas moedas que deitou no cofre do Templo.
Sabia que era pobre, tinha a noção que as duas moedas lhe fariam falta para a sua vida corrente e, no entanto, deu-as sem hesitar porque terá pensado que haveria alguém a quem aquelas duas moeditas fariam um grande bem.
De facto o bem que se faz diariamente pelo mundo fora é constituído, na sua maior parte, por muitas dádivas de “duas moedas”, de actos de generosidade de escasso valor mas que, somados formam um rio caudaloso que alimenta e torna mais felizes os muitos necessitados que vivem com terríveis carências e que dependem dessas duas moedas para viver.
O carácter desta viúva era riquíssimo, não vivia isolada e conformada com a sua pobreza e a escassez de bens, ao contrário, via uma “nesga” de felicidade em poder “fazer bem sem saber a quem”, tinha uma visão de conjunto da vida própria e alheia, sabia-se fazendo parte de uma sociedade em que, não obstante ocupar uma posição discretíssima, tinha um papel a cumprir e que, só ela, o podia fazer.

Na vida profissional de cada um, tem de existir o desejo de melhoria sob pena de que, o que se faz, não satisfaça nem o próprio nem os outros que têm direito a que faça o melhor que sabe.
E, como fará o melhor que sabe se, o que sabe, é pouco e desactualizado?
E se não estuda, não se interessa por conhecer o que há de novo na sua profissão como pode aspirar a um melhor desempenho da mesma?
O conhecimento não seria possível se não houvesse esta atitude de procura constante do ser humano, orientado para a descoberta de novos métodos, meios e soluções para os variados problemas e situações da vida corrente. Nada surge por acaso, alguém teve de o descobrir, trabalhando, dedicando a suas capacidades à descoberta do novo. 


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