Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re
Mt V…)
Os momentos de descanso eram, quase sempre,
aproveitados por Jesus para ensinar e instruir os mais próximos; na verdade,
Ele não descansava nunca como que possuído de uma ânsia de ensinar, instruir a
queles a quem tanto queria e que destinava a "grandes coisas";
alargava-Se em discursos, parábolas muitas vezes sobre assuntos já considerados
mas que, Ele queria que ficassem bem gravados nas suas mentes.
Ele bem sabia com quem falava, quem eram os que O
escutavam, (pois claro que sabia... foi Ele Quem os escolheu... um a um...),
Os inimigos de Cristo encarniçam-se com
argumentos... como:
"Quem haveria de seguir um carpinteiro? Um
carpinteiro não é nenhum "condutor de homens", não tem prosélitos,
admiradores incondicionais, é um carpinteiro e ponto!!!"
Sim... é verdade que reconheço mérito nesta
"alegação", é absolutamente verdadeira, substancial, não oferece
discussão.
Talvez, por isto mesmo, valha a pena esmiuçar os
motivos, as razões porque este CARPINTEIRO arrastou e arrasta atrás de Si
incontáveis milhões de seres humanos, funda uma Igreja da qual É a Cabeça,
propaga uma doutrina baseada no AMOR.
O "chefe" desses inimigos de Cristo,
retira-se da discussão, não lhe interessa, sabe que perderá "votos",
seguidores, espera que a "cizânea" que furtivamente espalhou na
sementeira divina, consiga vingar e impedir que as espigas de trigo são e
fecundo cresçam e se multipliquem.
Os inimigos de Cristo, a meu ver, não sendo muito
inteligentes, são "práticos… tantas
vezes tocaremos a mesma música que esta acabará por ficar no ouvido."
Imerso neste pensamentos, mal me dou conta que
Jesus termina o Seu longo discurso onde falou e esclareceu sobre as relações
entre os homens, sempre complexas e problemáticas, o dever de amar todos, mesmo
os que consideramos como inimigos. e
termina com uma "sentença" de um alcance incomensurável: «Sede perfeitos como É perfeito o vosso
Pai celeste».
A mim, que sou sou um pobre homem, a uma distância
extraordinária daqueles Doze Santos homens que O seguem incondiconalmente,
Jesus diz-me tal coisa!!!
Vem-me à memória o que um Santo dos nossos dias
escreveu: "Santos...
só no Céu...".
Considerando.... digo: ‘Senhor... leva-me para o Céu’.
Reflexão
A idiossincrasia de cada ser humano está
intimamente associada ao progresso da sociedade porque, esta, não é um "bloco"
uniforme e indivisível, mas sim um conjunto mais ou menos equilibrado de várias
idiossincrasias que concorrem para um mesmo resultado: a variedade pluriforme
da sociedade humana.
Gregário por natureza o ser humano não se
confunde nem se deixa absorver pelo conjunto antes concorre e contribui com o
que lhe é próprio para o que é comum.
Tantas vezes se tenta algo diferente do habitual
daquilo que ao longo dos dias vamos construindo, às vezes laboriosamente
forçado ou não e não conseguimos encontrar o "fio condutor" que nos
leve onde não programamos ir mas que ambicionados chegar.
E quem tem por hábito ou feitio escrever sente de
forma muito radical por vezes um como que bloqueio inexplicável não conseguindo
"arrancar" de dentro de si mesmo o que sente necessidade de expor,
mas, como não sabe bem o que é, estálhe ausente e foge do seu controlo.
Escrever por escrever pode ser bom e até saudável. Sem
esforço, deixando as palavras fluírem livremente acaba por se envolver num
processo quase automático de escalpelização íntima como que uma catarse que tem
de incluir um esforço muito concreto de não se deixar cair na autocomiseração,
no "esmagamento" do "eu" sempre uma forma fácil de dar
guarida ao amorpróprio e orgulho e tentar manter o pensamento lógico e
saudável.
Escrever sobre si mesmo não é nem fácil nem difícil se
se segue uma regra simples: escrever para si mesmo sem a preocupação ou desejo
que outros venham a ler o escrito.
Aliás, penso que só deste modo a escrita tem
autenticidade concreta porque se por detrás dela se encontra algum por ténue
ou indefinido que seja desejo ou intento de ser lido, é praticamente
impossível fugir ao uso da máscara ou disfarce da realidade.
Sem querer, talvez, ése levado pelo desejo de parecer
inteligente, original, interessante mas, depois, ao rever o escrito, ficase
com um sentimento bem amargo por vezes de inutilidade.
O "truque" está numa fórmula muito simples:
escrevi o que me apeteceu!
Esta conclusão que não se pretende transformar em corolário,
resolve muitos dilemas futuros, como, por exemplo, concluir: já escrevi isto!
Não vale a pena repetir!
E, daqui, pode surgir uma nova ideia que leve a uma
elaboração diferente de um tema já rebuscado.
Parece-me aceitável esta conclusão.
Links sugeridos:
Evangelho/Biblia
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