1
Oração
Ó Deus que concedes-te a São João Paulo
II graças extraordinárias para levar a cabo a sua missão como Teu Vigário na
terra, deixando em todo o mundo uma marca indelével, nomeadamente: Pelo seu
zelo pelas almas, defesa da vida e dignidade humanas, clareza e rigor da
Doutrina e exemplo de amor e cumprimento do dever de cada dia mesmo à custa do
sofrimento e da dor pessoais, concedei por seu intermédio a protecção das
minhas três filhas e as suas famílias, para que sejam sempre mulheres e mães
exemplares, educando, ensinando e dando exemplo de estabilidade, equilíbrio e
sobretudo de Fé e da prática da Fé. Fernandinha, intercede por elas.
2
O que me acontece e o que penso
Se não sei a causa
não posso avaliar o efeito.
O que faço ou que
penso têm uma consequência lógica.
Se penso mal só
poderei agir mal.
E inversamente.
3
Santíssima Virgem Glória e Graça
Meditação
Seguir
Jesus
Mas sigo Jesus como? Parece
que a resposta está latente no meu coração. Sigo-O cada vez que me lembro d'Ele
o que acontece amiúde durante o dia. Exagero? Não! Mas penso - e desejo ardentemente
- que seja permanente, visceral, com todo o empenho e entrega de todo o meu
coração. Sei muito bem que tal só é possível com amor. Mas Tu, meu Deus, não
sabes que Te amo? Então... aumenta o meu AMOR POR TI que eu, não consigo, mas
Tu podes TUDO!
Segue-me!
Estava ali, sentado naquela
cadeira de café. Não é meu hábito mas, naquela tarde, estava um pouco cansado
de uma caminhada pelas ruas da cidade e apeteceu-me descansar um pouco. Ouvi
distintamente alguém que dizia: - Tu segue-me! Que estranho! Uma frase que eu
conheço perfeitamente e sobre a qual medito bastante: Refiro-me ao “chamamento
típico” de Jesus Cristo que os Evangelistas referem por várias vezes. Fez-me
confusão, confesso. Estarei a ouvir “coisas”? Estou tontinho? Olhei em volta e
as sete ou oito pessoas que estavam por ali sentadas continuaram a conversar
normalmente. Enfim… gente comum, uns três ou quatro homens, duas senhoras e
três jovens “agarrados” aos telemóveis. Pois… não podia ser… Mas, de facto,
tornei a ouvir talvez com um acento de insistência: - Tu segue-me! Bom… desta
vez a coisa pareceu-me séria e tive de fazer um esforço para não me levantar
imediatamente persignando-me. Mas, sou teimoso, muito teimoso, e nada dado nem
a “visões” nem a “audições” estranhas como vindas “do Além”. Por isso resolvi
“entrar no jogo” e perguntei em silêncio: - Senhor… estás a falar comigo? E
ouvi: - Claro que estou a falar contigo. Vem e segue-me! Fiquei estarrecido! O
Senhor estava a falar comigo, sentado a uma mesa de café, numa rua qualquer da
cidade onde vivo. O esforço agora, para me comportar sem dar nas vistas, era
tentar reter a torrente lágrimas que sentia impetuosa a vir-me aos olhos. Deixei
de ouvir os ruídos das conversas à minha volta, os barulhos do bulício normal
de uma rua de cidade, dos automóveis, nada. Como se uma espécie de “bolha”
invisível me tivesse encerrado isolando-me do mundo exterior. Pensei: ‘O que
faço agora?’
Ali perto há uma Igreja
aberta ao público. Quase como um “zombie” levantei-me e fui até lá. O Templo
estava deserto pelo que me senti muito à vontade e comecei num monólogo íntimo,
mas aceso e confiante: ‘Pronto, Senhor, não sabia onde ir, ou antes, onde
querias que fosse para seguir-Te por isso vim aqui. Desculpa a minha ousadia e
a minha pouca fé mas, se há mais alguma coisa…’ E não acabei porque Ele, - tive
então a certeza absoluta que era Ele – disse-me: ‘Fizeste exactamente o que Eu
queria, sabes: estou aqui neste Sacrário há mais de quatro horas e não aparece
ninguém para Me fazer um pouco de companhia, ou, sequer, para Me cumprimentar! Que
bom! Agora estás aqui e podemos passar uns bons momentos juntos.’
Para mim já não havia
quaisquer “barreiras” ou impedimentos de falsa vergonha e por isso comecei a
falar como se de repente tivesse aberto as portas do meu coração, da minha
alma, e deixasse vir cá para fora quanto guardava cioso da minha Fé e do meu
Amor. Sentia-me tão contente e feliz por ter merecido – sem merecimento – o
convite do Senhor que nem sei quanto tempo ali estive, nem o que Lhe disse ou
contei. Nunca me interrompeu e eu fui falando, falando ininterruptamente até
que uma senhora com alguma idade entrou na Igreja.
Nessa altura disse-me: -
Pronto! Gostei do nosso convívio, podes ir-te embora¸- Ah! E obrigado por Me
teres seguido!
O
convite de Jesus Cristo a segui-Lo é muito simples e pragmático. «Segue-Me!».Posso
imaginar o tom, a inflexão das Suas palavras: Não são “imperiosas” nem
“formais”¸São simples e concretas e não admitem interpretações; O tom é normal
e corrente; É, de facto um convite mas, parece uma ordem; Dirige-se sempre a
alguém especialmente e não é nem multitudinário nem abrangente.
Realmente
as pessoas - multidões, lê-se nos Evangelhos - acompanham Jesus mas tal não
quer dizer que O sigam.
Seguir
alguém é acompanhar – permanentemente – essa pessoa, escutando o que diz, vendo
o que faz e como faz, no fim e ao cabo ter essa pessoa como guia e mestre.
Não
consta nos Evangelhos que alguém não tenha aceitado o convite a não ser, mas,
neste caso, o jovem que desejava ser perfeito e, Jesus, ofereceu-lhe a solução
e foi esta que o jovem não quis aceitar. O Senhor escolhe quem muito bem
entende e fá-lo – sempre – com a esperança que a pessoa que convida aceite e,
com segui-Lo, deseje imitá-Lo e alcance a Salvação Eterna. Talvez que o caso
mais paradigmático que consta nos Evangelhos seja o convite endereçado a
Mateus. Jesus passa pelo seu lugar de trabalho: sentado no telónio de cobrador
de impostos. Olha-o nos olhos e diz as “famosas palavras”: «Segue-me.»
A resposta foi pronta e imediata: Mateus levantou-se e seguiu Jesus. A decisão
de Mateus de seguir Jesus sugere-me algumas “lições”.
Uma
primeira “lição”:Não pode adiar-se para um momento qualquer num futuro sempre
incerto, ou é – como disse – pronta e imediata ou corre-se o risco de nunca
acontecer; Uma segunda “lição”: Não põe condições ou levanta obstáculos,
impedimentos. (Mateus, por exemplo, poderia demorar um pouco para terminar o
que estava a fazer.);Uma terceira “lição”: A exigência do desprendimento
pessoal seja o que for: importante ou de escasso valor, necessário ou não, com
a confiada certeza que o Senhor providenciará o que se mostrar útil.
(Foi
este desprendimento que faltou ao “Jovem Rico”)
Uma
quarta “lição”:As “consequências” de seguir Jesus são inimagináveis! Por
exemplo, Mateus tornou-se um dos Doze Apóstolos e foi autor de um dos
Evangelhos.
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