PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
DOMINGO
PLANO DE VIDA; (Coisas muito simples,
curtas, objectivas)
Propósito: Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um
espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para
a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e
escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Mc VI, 1-53
Jesus em Nazaré
1 E partiu dali. Foi para a
sua terra, e os discípulos seguiam-no. 2 Chegado o sábado, começou a ensinar na
sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que
isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes
milagres por suas mãos? 3 Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de
Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?»
E isto parecia-lhes escandaloso. 4 Jesus disse-lhes: «Um profeta só é
desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.» 5 E não pôde
fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. 6
Estava admirado com a falta de fé daquela gente.
Missão dos Doze
Jesus percorria as aldeias
vizinhas a ensinar.7 chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes
poder sobre os espíritos malignos. 8 Ordenou-lhes que nada levassem para o
caminho, a não ser um cajado: nem pão, nem alforge, nem dinheiro no cinto; 9
que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas. 10 E disse-lhes
também: «Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. 11 E
se não fordes recebidos numa localidade, se os seus habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.» 12 Eles
partiram e pregavam o arrependimento, 13 expulsavam numerosos demónios, ungiam
com óleo muitos doentes e curavam-nos.
Herodes e Jesus
14 O rei Herodes ouviu falar
de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e dizia-se: «Este é João Baptista,
que ressuscitou de entre os mortos e, por isso, manifesta-se nele o poder de
fazer milagres»; 15 outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta
como um dos outros profetas.» 16 Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a
quem eu degolei, que ressuscitou.»
Execução de João
Baptista
17 Na verdade, tinha sido
Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de
Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara. 18 Porque João dizia
a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.» 19 Herodíade
tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia, 20 porque Herodes
temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia,
ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. 21 Mas chegou o dia oportuno,
quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da
corte, aos oficiais e aos principais da Galileia. 22 Tendo entrado e dançado, a
filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me
o que quiseres e eu to darei.» 23 E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que
me pedires, nem que seja metade do meu reino.» 24 Ela saiu e perguntou à mãe:
«Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.» 25 Voltando a
entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês
imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.» 26 O rei ficou desolado;
mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar. 27 Sem demora,
mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e
decapitou-o na prisão; 28 depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à
jovem, que a deu à mãe. 29 Tendo conhecimento disto, os discípulos de João
foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.
Regresso dos
Apóstolos
30 Os Apóstolos reuniram-se
a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. 31 Disse-lhes,
então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque
eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer. 32 Foram,
pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém. 33 Ao vê-los afastar,
muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele
lugar, e chegaram primeiro que eles.
Jesus alimenta
cinco mil pessoas
34 Ao desembarcar, Jesus viu
uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ove-lhas sem
pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. 35 A hora já ia muito
adiantada, quando os discípulos se aproximaram e disseram: «O lugar é deserto e
a hora vai adiantada. 36 Manda-os embora, para irem aos campos e aldeias
comprar de comer.» 37 Jesus respondeu: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Eles
disseram-lhe: «Vamos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?»
38 Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes? Ide ver.» Depois de se informarem,
responderam: «Cinco pães e dois peixes.» 39 Ordenou-lhes que os mandassem
sentar por grupos na erva verde. 40 E sentaram-se, por grupos de cem e
cinquenta. 41 Jesus tomou, então, os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os
olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e dava-os aos seus
discípulos, para que eles os repartissem. Dividiu também os dois peixes por
todos. 42 Comeram até ficarem saciados. 43 E havia ainda doze cestos com os
bocados de pão e os restos de peixe. 44 Ora os que tinham comido daqueles pães
eram cinco mil homens.
Jesus caminha
sobre as águas
45 Jesus obrigou logo os
seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado,
rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. 46 Depois de os ter
despedido, foi orar para o monte. 47 Era já noite, o barco estava no meio do
mar e Ele sozinho em terra. 48 Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes
era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez menção
de passar adiante. 49 Mas, vendo-o andar sobre o mar, julgaram que fosse um
fantasma e começaram a gritar, 50 pois todos o viram e se assustaram. Mas Ele
logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» 51 A seguir, subiu
para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme
espanto, 52 pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o
coração endurecido.
Curas em Genesaré
53 Finda a travessia, aproximaram-se
de Genesaré e aportaram. 54 Assim que saíram do barco, reconheceram-no. 55
Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para
o lugar onde sabiam que Ele se encontrava. 56 Nas aldeias, cidades ou campos,
onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os
deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam
ficavam curados.
Comentário
Os habitantes de Genesaré
reconhecem Jesus e o Seu poder.
Talvez que, alguns ainda não
estejam absolutamente convencidos que Ele é O Filho de Deus mas, não obstante
seguem-nO para ver o que faz, ouvir o que diz.
Também no nosso trabalho de
apostolado alguns não estejam seguros de que o que dizemos ou propomos seja o
que mais lhes convém, conhecem-nos, sabem quem somos, convivem com a nossa
família.
De facto a única coisa que
nos distinguirá é o nosso comportamento desde que adequado ao que dizemos.
O exemplo que damos é que
convence e arrasta.
(AMA, 2021)
FAMÍLIA
3.
Deveres dos filhos para com os pais
Os
filhos hão-de respeitar e honrar os pais, procurar dar-lhes alegrias, rezar por
eles e corresponder lealmente ao seu sacrifício: para um bom cristão, estes
deveres são um dulcíssimo preceito.
A
paternidade divina é a fonte da paternidade humana cf. Ef 3,14); é o fundamento
da honra devida aos pais (cf. Catecismo, 2214). O respeito pelos pais (piedade
filial) é feito de reconhecimento àqueles que, pelo dom da vida, pelo seu amor
e seu trabalho, puseram os filhos no mundo e lhes permitiram crescer em
estatura, sabedoria e graça. “Honra o teu pai de todo o teu coração e não
esqueças as dores da tua mãe. Lembra-te de que foram eles que te geraram. Como
lhes retribuirás o que por ti fizeram?” (Sir 7, 27-28); (
Catecismo, 2215).
O
respeito filial manifesta-se na docilidade e obediência. “Filhos, obedecei em
tudo aos vossos pais, pois isto é agradável ao Senhor” (Cl
3, 20).
Enquanto estão sujeitos aos seus pais, os filhos devem obedecer-lhes no que
disponham para o seu bem e o da família. Esta obrigação cessa com a emancipação
dos filhos, mas não cessa nunca o respeito que devem aos seus pais (cf.
Catecismo, 2216-2217).
O
quarto mandamento lembra aos filhos adultos as suas responsabilidades para com
os pais. Tanto quanto lhes for possível, devem prestar-lhes ajuda material e
moral, nos anos da velhice e no tempo da doença, da solidão ou do desânimo (Catecismo,
2218).
Se
os pais mandarem alguma coisa oposta à Lei de Deus, os filhos estão obrigados a
antepor a vontade de Deus aos desejos dos pais, tendo presente que “é
necessário obedecer antes a Deus que aos homens” (Act 5, 29).
Deus é mais Pai do que os nossos pais: d’Ele procede toda a paternidade (cf.
Ef 3,15).
REFLEXÃO
A impotência, a solidão absoluta, o
absoluto desamparo, o sentimento de urgência a que os submetia a necessidade, a
dor e a tristeza de não poderem oferecer ao Filho nem mesmo um tecto e umas
paredes que resguardassem o parto, são coisas que poucos terão experimentado
com a violência da Virgem, a cheia de graça. Foi como se Deus se tivesse
desinteressado do seu Filho.
(Federico Suárez A Virgem Nossa
Senhora, Éfeso, 4ª Ed. Nr. 190)
SÃO JOSEMARIA – textos
Não te esqueças da figueira amaldiçoada
Aproveita
o tempo. Não te esqueças da figueira amaldiçoada. Já fazia alguma coisa: dar
folhas. Como tu... – Não me digas que tens desculpas. De nada valeu à figueira
– narra o Evangelista – não ser tempo de figos, quando o Senhor lá os foi buscar.
– E estéril ficou para sempre. (Caminho, 354)
Voltemos
ao Santo Evangelho e detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo
vigésimo primeiro. Conta-nos que Jesus, quando voltava para a cidade, teve
fome. Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela. Que alegria,
Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de Sicar!. (...) Como
te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em
tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as
nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o
cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve
sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor
permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos
céus. (...) Abeirou-se da figueira, mas não encontrou senão folhas. É
lamentável. Não acontecerá assim também na nossa vida? Não haverá nela,
infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade, ausência de sacrifícios e
de obras? Não será que apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos?
É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E,
imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem da Sagrada
Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver
conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa parte. (Amigos
de Deus 201–202)
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