PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Segunda-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor
que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente
em minha casa, boa disposição.
Senhor
que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com
naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que
nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade”
ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando
graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Sorrir,
ser amável.
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mc
VII, 1-37
Jesus e as tradições judaicas
Os
fariseus e alguns doutores da Lei vindos de Jerusalém reuniram-se à volta de
Jesus, 2 e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras,
isto é, por lavar. 3 É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem
ter lavado e esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos; 4 ao
voltar da praça pública, não comem sem se lavar; e há muitos outros costumes
que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das vasilhas de
cobre. 5 Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os
teus discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as
mãos impuras?» 6 Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito,
hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim. 7 Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que
ensinam não passam de preceitos humanos. 8 Descurais o mandamento de Deus, para
vos prenderdes à tradição dos homens.» 9 E acrescentou: «Anulais a vosso
bel-prazer o mandamento de Deus, para observardes a vossa tradição. 10 Pois
Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe
seja punido de morte. 11 Vós, porém, dizeis: «Se alguém afirmar ao pai ou à
mãe: 'Declaro Qorban' - isto é, oferta ao Senhor - aquilo que poderias receber
de mim...», 12 nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, 13 anulando
a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido. E fazeis muitas outras
coisas do mesmo género.» 14 Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos
e procurai entender. 15 Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa
tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. 16 Se alguém
tem ouvidos para ouvir, oiça.» 17 Quando, ao deixar a multidão, regressou a
casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola. 18 Ele respondeu:
«Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no
homem o pode tornar impuro, 19 porque não penetra no coração mas sim no ventre,
e depois é expelido em lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os
alimentos. 20 E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro. 21
Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as
prostituições, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições, perversidade, má
fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. 23 Todas estas
maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»
Viagens por Tiro, Sídon e Decápole - A mulher siro-fenícia
24 Partindo
dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa e não queria
que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido, 25 porque logo uma mulher
que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio
lançar-se a seus pés. 26 Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que
expulsasse da filha o demónio. 27 Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam
primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos
cachorrinhos.» 28 Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos
comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.» 29 Jesus disse: «Em atenção a
essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha.» 30 Ela voltou para casa e
encontrou a menina recostada na cama. O demónio tinha-a deixado.
Cura de um surdo-mudo
31 Tornando
a sair da região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o
território da Decápole. 32 Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que
impusesse as mãos sobre ele. 33 Afastando-se com ele da multidão, Jesus
meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua. 34 Erguendo
depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
35 Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava
correctamente. 36 Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas
quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam. 37 No auge do assombro,
diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Comentário
No
último Versículo deste Capítulo VII do Evangelho escrito por São Marcos avultam
dois detalhes que merecem reflexão mais cuidada.
O
primeiro: Porquê Jesus se afastou da multidão para operar o milagre e porque
ordenou que não revelassem o que tinha feito?
Talvez,
penso, porque não era ainda chegada a altura de revelar detalhes do Ritual da
Unção dos Doentes, Sacramento que a Sua Igreja haveria de instituir mais tarde.
(AMA, 2021)
VIRTUDES
Os dons do Espírito Santo
A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do
Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos
impulsos do Espírito Santo. (Catecismo, 1830).
Os sete dons do Espírito Santo são:
1º - Sabedoria: para compreender e julgar com acerto
acerca dos desígnios divinos.
2º - Entendimento: para penetrar na verdade sobre Deus.
3º - Conselho: para julgar e secundar nas acções
singulares os desígnios divinos.
4º - Fortaleza: para acometer as dificuldades na vida
cristã.
5º - Ciência: para conhecer a ordenação das coisas
criadas por Deus.
6º - Piedade: para nos comportarmos como filhos de Deus e
como irmãos dos nossos irmãos os homens, sendo outros Cristos.
7º - Temor de Deus: para repudiar tudo o que possa
ofender a Deus, como um filho repudia, por amor, o que possa ofender o seu pai.
REFLEXÃO
Imagina que Deus te quer barrar de mel:
se estás cheio de vinagre, onde vai depositar o mel? Primeiro há que esvaziar o
que o recipiente continha (…): há que limpá-lo ainda que seja com esforço, à
força de o esfregar, para que seja capaz de receber esta realidade misteriosa.
(Santo
Agostinho, Comentário à 1ª Epístola de João, 4)
SÃO JOSEMARIA - textos
A oração: "conversa amorosa com
Jesus"
Sempre
entendi a oração do cristão como uma conversa amorosa com Jesus, que não se
deve interromper nem sequer nos momentos em que fisicamente estamos longe do
Sacrário, porque toda a nossa vida está feita de coplas de amor humano
divinizado..., e podemos amar sempre. (Forja, 435)
Que
não faltem no nosso dia alguns momentos dedicados especialmente a travar
intimidade com Deus, elevando até Ele o nosso pensamento, sem que as palavras
tenham necessidade de vir aos lábios, porque cantam no coração. Dediquemos a
esta norma de piedade um tempo suficiente, a hora fixa, se possível. Ao lado do
Sacrário, acompanhando Aquele que ali ficou por Amor. Se não houver outro
remédio, em qualquer lugar, porque o nosso Deus está de modo inefável na nossa
alma em graça. Aconselho-te, contudo, a que vás ao oratório sempre que possas.
(...) Cada um de vós, se quiser, pode encontrar o caminho que lhe for mais
propício para este colóquio com Deus. Não me agrada falar de métodos nem de
fórmulas, porque nunca fui amigo de espartilhar ninguém; tenho procurado animar
todas as pessoas a aproximarem-se do Senhor, respeitando cada alma tal como ela
é, com as suas próprias características. Pedi-lhe vós que meta os seus
desígnios na nossa vida: e não apenas na nossa cabeça, mas no íntimo do nosso
coração e em toda a nossa actividade externa. Garanto-vos que deste modo
evitareis grande parte dos desgostos e das penas do egoísmo e sentir-vos-eis
com força para propagar o bem à vossa volta. Quantas contrariedades
desaparecem, quando interiormente nos colocamos muito próximos deste nosso
Deus, que nunca nos abandona! Renova-se com diversos matizes esse amor de Jesus
pelos seus, pelos doentes, pelos entrevados, quando pergunta: que se passa
contigo? Comigo... E, logo a seguir, luz ou, pelo menos, aceitação e paz. Ao
convidar-te para fazeres essas confidências com o Mestre, refiro-me
especialmente às tuas dificuldades pessoais, porque a maioria dos obstáculos
para a nossa felicidade nascem de uma soberba mais ou menos oculta. Pensamos
que temos um valor excepcional, qualidades extraordinárias. Mas, quando os
outros não são da mesma opinião, sentimo-nos humilhados. É uma boa ocasião para
recorrer à oração e para rectificar, com a certeza de que nunca é tarde para
mudar a rota. Mas é muito conveniente iniciar essa mudança de rumo quanto
antes. (Amigos
de Deus, 249).
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