PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Terça-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Aplicação no trabalho.
Senhor,
ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito
para to poder oferecer.
Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.
Senhor,
lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às
suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno
exame: Cumpri o propósito que me propus
ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mt XX, 1-45
1 Quando já se
aproximavam de Jerusalém, chegaram a Betfagé, junto ao monte das Oliveiras.
Jesus enviou dois discípulos, 2 dizendo-lhes: «Ide à aldeia que está em frente
de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e com ela um jumentinho. Soltai-os
e trazei-mos. 3 E, se alguém vos disser alguma coisa, respondereis: ‘O Senhor
precisa deles, mas logo os devolverá.’» 4 Isto sucedeu para se cumprir o que
fora anunciado pelo profeta: 5 Dizei à filha de Sião: Aí vem o teu Rei, ao teu
encontro, manso e montado num jumentinho, filho de uma jumenta. 6 Os discípulos
foram e fizeram como Jesus lhes ordenara. 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho,
puseram as suas capas sobre eles e Jesus sentou-se em cima. 8 Uma grande multidão
estendia as suas capas no caminho; outros cortavam ramos das árvores e
espalhavam-nos pelo chão. 9 E todos, quer os que iam à sua frente, quer aqueles
que o seguiam, diziam em altos brados: Hossana ao Filho de David! Bendito seja
aquele que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas! 10 Quando Jesus entrou
em Jerusalém, toda a cidade ficou em alvoroço. «Quem é este?» - perguntavam. 11
E a multidão respondia: «É Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia.» 12 Jesus
entrou no templo e expulsou dali todos os que nele vendiam e compravam.
Derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos vendedores de pombas, dizendo-lhes:
13 «Está escrito: A minha casa há-de chamar-se casa de oração, mas vós fazeis
dela um covil de ladrões.» 14 Aproximaram-se dele, no templo, cegos e coxos, e
Ele curou-os. 15 Perante os prodígios que realizava e as crianças que gritavam
no templo: «Hossana ao Filho de David», os sumos sacerdotes e os doutores da
Lei ficaram indignados 16 e disseram-lhe: «Ouves o que eles dizem?» Respondeu
Jesus: «Sim. Nunca lestes: Da boca dos pequeninos e das crianças de peito fizeste
sair o louvor perfeito?» 17 Depois afastou-se deles, saiu da cidade e foi para
Betânia, onde pernoitou. 18 Logo de manhã cedo, ao voltar para a cidade, teve
fome. 19 Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas não
encontrou senão folhas. Disse então: «Nunca mais nascerá fruto de ti!» E,
naquele mesmo instante, a figueira secou. 20 Vendo isto, os discípulos disseram
admirados: «Como é que a figueira secou subitamente?» 21 Jesus respondeu: «Em
verdade vos digo: Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que Eu fiz a
esta figueira, mas, se disserdes a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’,
assim acontecerá. 22 Tudo quanto pedirdes com fé, na oração, haveis de
recebê-lo.» 23 Em seguida, entrou no templo. Quando estava a ensinar, foram ter
com Ele os sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que
autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?» 24 Jesus respondeu-lhes:
«Também Eu vou fazer-vos uma pergunta. Se me responderdes, digo-vos com que
autoridade faço isto. 25 De onde provinha o baptismo de João: do Céu ou dos
homens?» Mas eles começaram a pensar entre si: «Se respondermos: ‘Do Céu’, vai
dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ 26 E, se respondermos: ‘Dos
homens’, ficamos com receio da multidão, pois todos têm João por um profeta.»
27 E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno: «Também
Eu vos não digo com que autoridade faço isto.» 28 «Que
vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe:
‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha.’ 29 Mas ele respondeu: ‘Não quero.’ Mais
tarde, porém, arrependeu-se e foi. 30 Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do
mesmo modo e ele respondeu: ‘Vou sim, senhor.’ Mas não foi. 31 Qual dos dois
fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em
verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no
Reino de Deus. 32 João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não
acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram
nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»
33 «Escutai outra parábola: Um chefe de família
plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma
torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. 34 Quando chegou
a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os
frutos que lhe pertenciam. 35 Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos,
bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36 Tornou a mandar outros
servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. 37 Finalmente,
enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Hão-de respeitar o meu filho.’ 38 Mas
os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Matemo-lo
e ficaremos com a sua herança.’ 39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e
mataram-no. 40 Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?»
41 Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha
a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» 42 Jesus
disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores
rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável
aos nossos olhos? 43 Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será
confiado a um povo que produzirá os seus frutos. 44 Quem cair sobre esta
pedra, ficará despedaçado; aquele sobre quem ela cair, ficará esmagado.» 45 Os
sumos sacerdotes e os fariseus, ao ouvirem as suas parábolas, compreenderam que
eram eles os visados. 46 Embora procurassem meio de o prender, temeram o povo,
que o considerava profeta.
Comentário
Sobressai neste texto um acontecimento que parece algo inusitado: a
figueira amaldiçoada.
Parece de facto que, não sendo tempo de figos como poderia ela tê-los?
Bom… trata-se de uma lição a reter com cuidado somos criaturas de Deus
e temos uns predicados e valores que nos foram dados gratuitamente, de facto,
não nos pertencem verdadeiramente apenas nos foram dados para que com eles
produzamos fruto.
O Criador pode a qualquer momento exigir esse fruto do nosso empenho do
nosso esforço, tal como os vinhateiros tinham obrigação de entregar ao dono da
vinha o que lhe era devido.
Ao negar-se a fazê-lo o homem encorre em gravíssima falta porque como
que se apropria de algo que não lhe pertence, ou, se desleixado e amorfo não
trabalhou o suficiente para que o seu trabalho de muitas horas ou de poucas,
produzisse esse fruto.
Como todos os contratos o contratador põe as suas condições que o
contratado quando as aceita se obriga a cumprir.
A justiça do “pagamento” é bem clara quando o dono da vinha cumpre o
que prometeu.
Dar aos trabalhadores uma paga igual ou diferenciada é da sua exclusiva
e única vontade.
Para os homens o pagamento dos frutos que entrega ao Criador é a Vida Eterna
e, esta só se alcança plenamente quando a Justiça Divina o decidir.
(AMA, 2021)
SÃO JOSÉ
QUAMQUAM
PLURIES
Carta
Encíclica de Sua Santidade o Papa Leão XIII
Aos
Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos e outros Ordinários locais que estão
em paz e comunhãocom a Sé Apostólica, sobre a necessidade de se recorrer ao
Patrocínio de São José, junto ao da
Virgem Mãe de Deus, nas dificuldades dos tempos atuais.
2
Para
fazer com que Deus seja mais favorável às nossas orações, e para que - entre
tantos intercessores que podem ser invocados - derrame mais pronta e
copiosamente auxílio à Sua Igreja, cremos muito útil que o povo cristão se habitue
a rogar com devoção e confiança, juntamente com a Virgem Mãe de Deus, também o
seu castíssimo esposo São José. E temos bons motivos para crer que isto será
particularmente agradável à Virgem Santa.
Sobre
este tema que pela primeira vez nos propomos a tratar publicamente, sabemos que
a devoção popular é não só propensa por natureza, mas também já está bastante
avançada. E, de facto, vimos um grande progresso no culto a São José,
anteriormente promovido pelo zelo dos Sumos Pontífices, depois estendido a todo
o mundo, especialmente quando Pio IX, Nosso Predecessor de feliz memória, a
pedido de muitíssimos bispos, declarou o Santo Patriarca, Patrono da Igreja
Universal. Todavia, por ser muito importante que o seu culto penetre
profundamente nas instituições católicas e nos costumes, queremos que o povo
cristão receba da Nossa própria voz e autoridade todo o incentivo possível.
As
razões pelas quais São José deve ser tido como Patrono da Igreja - e a Igreja por
sua vez espera muitíssimo da Sua especial protecção - residem sobretudo no facto
que ele é esposo de Maria e pai putativo de Jesus Cristo. Daqui derivam toda a
sua grandeza, graça, santidade e glória.
Sabemos
que a dignidade da Mãe de Deus é altíssima e que não pode haver uma maior. Mas
dado que entre a beatíssima Mãe de Deus e São José existe um verdadeiro vínculo
matrimonial, é também certo que São José, mais que qualquer outro, se aproximou
daquela altíssima dignidade que faz da Mãe de Deus a criatura mais excelsa. De
facto, o matrimónio constitui por si mesmo a forma mais nobre de sociedade e de
amizade, e traz consigo a comunhão dos bens. Portanto, se Deus deu José como
esposo a Maria, deu-o não só como companheiro de sua vida, testemunha da sua
virgindade e tutor da sua pureza, mas também como participante - por força do
vínculo conjugal - da excelsa dignidade da qual ela foi adornada. Além disso,
ele eleva-se entre todos em dignidade também porque, por vontade de Deus, foi
guarda e, na opinião de todos, pai do Filho de Deus. Em consequência, o Verbo
de Deus foi humildemente submisso a José, obedeceu-lhe e prestou-lhe a honra e
o respeito que o filho deve ao seu pai.
Ora,
desta dupla dignidade derivaram espontaneamente os deveres que a natureza impõe
aos pais de família; assim, pois, São José foi guarda legítimo e natural da
Santa Família, e ao mesmo tempo seu chefe e defensor, exercendo estes ofícios
até o fim de sua vida.
Foi
ele, de facto, quem guardou com sumo amor e contínua vigilância a sua esposa e
o Filho divino; foi ele que proveu o seu sustento com o trabalho; ele que os
afastou do perigo a que os expunha o ódio de um rei, levando-o a salvo para
fora da pátria, e nos desconfortos das viagens e nas dificuldades do exílio foi
de Jesus e Maria companheiro inseparável, socorro e conforto.
Pois
bem: a Sagrada Família, que José governou com autoridade de pai, era o berço da
Igreja nascente. A Virgem Santíssima, de facto, enquanto Mãe de Jesus, é também
mãe de todos os cristãos, por Ela gerados em meio às dores do Redentor no
Calvário. E Jesus é, de alguma maneira, como o primogénito dos cristãos, que
por adopção e pela redenção lhe são irmãos.
Disto
deriva que São José considera como confiada a Ele próprio a multidão dos
cristãos que formam a Igreja, ou seja, a inumerável família dispersa pelo
mundo, sobre a qual Ele, como esposo de Maria e pai putativo de Jesus, tem uma
autoridade semelhante a de um pai. É, portanto, justo e digno de São José, que
assim como ele guardou no seu tempo a família de Nazaré, também agora guarde e
defenda com seu patrocínio a Igreja de Deus.
Tudo
isto, Veneráveis Irmãos, encontra apoio - como bem o sabeis - no ensinamento de
não poucos Padres da Igreja. De acordo nisto com a Sagrada Liturgia, eles
entreviram no antigo José, filho do patriarca Jacob, a pessoa e a vocação do
nosso [José]; e no esplendor que daquele emanava, viram simbolizada a grandeza
e a glória do Guarda da Sagrada Família. De facto, além de terem ambos recebido
- não sem significado - o mesmo nome, existe entre eles muitas outras e claras
semelhanças, de Vós bem conhecidas.
Em
primeiro lugar, o antigo José ganhou para si a benevolência de seu Senhor de um
modo todo singular; e depois conseguiu, graças ao seu zelo, que chovesse do céu
toda a prosperidade e bênçãos sobre o seu Patrão, de quem dirigiu a casa. E
mais: por vontade do Rei governou com plenos poderes todo o reino, e quando a
carestia se tornou calamidade pública, foi ele quem alimentou os egípcios e os
povos vizinhos com exemplar sagacidade, a ponto de ser merecidamente chamado
pelo faraó de “salvador do mundo”.
Assim,
no antigo patriarca é fácil de se ver a figura do nosso [José]. Como a antigo
José foi a bênção para a casa de seu Patrão e para todo o reino, assim o nosso
José foi predestinado a guardar a cristandade e deve ser tido como defensor da
Igreja, que efectivamente é a Casa do Senhor e o reino de Deus na terra.
Todos
os cristãos, por isso, de quaisquer condições e estado, têm bons motivos para
se confiarem e se abandonarem à amorosa protecção de São José.
Nele,
os pais de família encontram o mais alto exemplo de paterna vigilância e
providência; os cônjuges, o exemplo mais perfeito de amor, concórdia e
fidelidade conjugal; os consagrados a Deus, o modelo e protector da castidade
virginal.
Volvendo
o olhar à imagem de José, aprendam os nobres a conservar a sua dignidade também
na desventura; os ricos descubram quais são os bens que na verdade é necessário
buscar e guardar zelosamente. E enfim, os pobres, os operários e todos aqueles
que pouco tiveram da sorte, têm um motivo a mais - e todo especial - de
recorrer a José e de tomá-lo como exemplo: Ele, embora sendo de descendência
régia, desposado com a mais excelsa entre as mulheres, e ter sido considerado
como o pai do Filho de Deus, passou todavia sua vida no trabalho, provendo o
necessário para si e para os seus, com a fadiga e a habilidade de suas mãos.
Entretanto,
é bom reflectir que não é verdade que a condição dos pobres seja degradante. O
trabalho do operário, longe de ser desonroso, torna-se fonte de nobreza quando
associado à virtude. José, contente com o seu trabalho e do pouco que possuía,
viveu com coragem e nobreza as angústias da vida, seguindo nisto o exemplo de
Jesus, que embora sendo Senhor de tudo, Se fez servo de todos e não desdenhou
abraçar voluntariamente a pobreza.
Estas
considerações devem elevar o ânimo de quem é pobre e ganha o pão com seu
trabalho, e fazê-lo raciocinar retamente. De facto, se é verdade que a justiça
consente em poder libertar-se da pobreza e alcançar uma posição melhor, também
é verdade que a ninguém é permitido, nem à razão, nem à justiça, subverter a
ordem estabelecida por Deus. Antes, recorrer nestes casos à violência e tentar
o caminho da sublevação e dos tumultos é uma escolha desesperada, que na
maioria das vezes agrava os próprios males que se queriam aliviar. Querendo,
portanto, agir com prudência, os proletários não confiem tanto nas promessas
dos violentos, mas antes no exemplo e no patrocínio de São José, e na caridade
materna da Igreja, que a cada dia mais se preocupa pela sua situação.
Portanto,
Veneráveis Irmãos, enquanto Nós esperamos muito da vossa autoridade e do vosso
zelo de Pastores, e estamos certos de que as pessoas boas e piedosas farão
ainda mais do que estamos solicitando, decretamos que por todo o mês de Outubro
se acrescente à recitação do Rosário - por Nós já prescrita noutra ocasião - a
oração a São José que recebeis junto com esta Carta Encíclica, e que isto se
repita todos os anos, perpetuamente.
Àqueles
que devotamente recitarem esta oração, concedemos cada vez a indulgência de
sete anos e outras tantas quarentenas.
É
também útil e louvável que se consagre, como já se fez em muitos lugares, o mês
de Março ao Santo Patriarca, com exercícios diários de piedade em sua honra.
Onde isto não for possível, faça-se ao menos antes da sua festa, no lugar
principal, um tríduo preparatório de orações.
Recomendamos,
além disso, aos fiéis daquelas nações nas quais o dia 19 de Março, consagrado a
São José, não esteja incluído entre as festas de preceito, que não deixem por
quanto possível, de santificá-lo ao menos em particular, em honra do celeste
Patrono, como um dia festivo.
Entretanto,
Veneráveis Irmãos, como penhor de graças do céu e na Nossa benevolência, de
todo o coração dispensamos no Senhor a Bênção Apostólica a Vós, ao Clero e aos
vossos fiéis.
Oração
a São José
A
vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de
vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso
patrocínio.
Por
esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e
pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos
que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com
o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei,
ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo.
Afastai
para longe de nós, ó pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos
do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das
trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino
Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do
Inimigo e de toda adversidade.
Amparai
a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo
e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer
piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança.
Amém.
Dado
em Roma, junto de São Pedro, no dia 15 de agosto de 1889, décimo segundo ano do
Nosso Pontificado.
Leão XIII
REFLEXÃO
O
horizonte do orgulho é terrivelmente limitado: esgota-se em si mesmo. O
orgulhoso não consegue ver para alem da sua pessoa, das suas qualidades, das
suas virtudes, do seu talento. O seu horizonte é um horizonte sem Deus. E,
neste panorama tão mesquinho, nem sequer contam os outros: não há lugar para
eles.
(Salvatore
Canals, Ascética Meditada, Éfeso, 4ª Ed., nr. 87)
SÃO JOSEMARIA – textos
A
nossa tendência para o egoísmo não morre
Não ponhas o teu
"eu" na tua saúde, no teu nome, na tua carreira, na tua ocupação, em
cada passo que dás... Que coisa tão maçadora! Parece que te esqueceste que
"tu" não tens nada, é tudo d'Ele. Quando ao longo do dia te sentires,
talvez sem razão, humilhado; quando pensares que o teu critério deveria
prevalecer; quando notares que a cada instante borbota o teu "eu", o
teu, o teu, o teu..., convence-te de que estás a matar o tempo e que estás a
precisar que "matem" o teu egoísmo. (Forja, 1050)
Convém deixar o Senhor
meter-se nas nossas vidas e entrar confiadamente sem encontrar obstáculos nem
recantos obscuros. Nós, os homens, tendemos a defender-nos, a apegar-nos ao
nosso egoísmo. Sempre tentamos ser reis, ainda que seja do reino da nossa
miséria. Entendei através desta consideração por que motivo temos necessidade
de recorrer a Jesus: para que Ele nos torne verdadeiramente livres e, dessa
forma, possamos servir a Deus e a todos os homens. Só assim perceberemos a
verdade daquelas palavras de São Paulo: Agora, porém, livres do pecado e feitos
servos de Deus, tendes por fruto a santificação e por fim a vida eterna. Porque
o salário do pecado é a morte, ao passo que o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Nosso Senhor Jesus Cristo. Estejamos precavidos, portanto, visto que
a nossa tendência para o egoísmo não morre e a tentação pode insinuar-se de
muitas maneiras. Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a fé,
porque a sua vontade não se manifesta com aparato ruidoso; às vezes o Senhor
sugere o seu querer como que em voz baixa, lá no fundo da consciência; e é
necessário escutar atentamente para distinguir essa voz e ser-Lhe fiel. (Cristo
que passa, 17)
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