Novo Testamento [i]
Evangelho
Mc
XIV 32 – 59
Oração e agonia de
Jesus em Getzemani
32 Chegando a uma herdade,
chamada Getsemani, Jesus disse aos Seus discípulos: «Sentai-vos aqui enquanto
vou orar». 33 Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a sentir pavor e
angústia. 34 E disse-lhes: «A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui
e vigiai». 35 Tendo-Se adiantado um pouco, prostrou-Se por terra e pedia que,
se era possível, se afastasse d'Ele aquela hora.36 Dizia: «Abba, Pai, todas as
coisas Te são possíveis; afasta de Mim este cálice; porém, não se faça o que Eu
quero, mas o que Tu queres». 37 Depois, voltou e encontrou-os a dormir, e disse
a Pedro: «Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora? 38 Vigiai e orai, para
não cairdes em tentação. O espírito, na verdade, está pronto mas a carne é
fraca». 39 Tendo-Se retirado novamente, pôs-Se a orar, repetindo as mesmas
palavras. 40 Voltando, encontrou-os outra vez a dormir, porque tinham os olhos
pesados pelo sono. Não sabiam que responder-Lhe. 41 Voltou terceira vez, e
disse-lhes: «Dormi agora e descansai. Basta!, é chegada a hora; eis que o Filho
do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos, vamos; eis
que se aproxima o que Me há-de entregar».
Jesus é preso no
horto
43 Ainda falava, quando
chega Judas Iscariotes, um dos doze, e com ele muita gente armada de espadas e
varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes, pelos escribas e pelos
anciãos. 44 O traidor tinha-lhes dado um sinal dizendo: «Aquele a quem eu
beijar, é esse; prendei-O e levai-O com cuidado». 45 Logo que chegou,
aproximando-se imediatamente de Jesus, disse-Lhe: «Mestre!», e beijou-O. 46
Então eles lançaram-Lhe as mãos e prenderam-n'O. 47 Um dos presentes, tirando a
espada, feriu um servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48 Jesus
tomando a palavra, disse-lhes: «Como se Eu fosse um ladrão viestes prender-Me
com espadas e varapaus? 49 Todos os dias estava entre vós ensinando no templo e
não Me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as Escrituras». 50
Então, os discípulos, abandonando-O, fugiram todos. 51 Um jovem seguia Jesus coberto
somente com um lençol e prenderam-no. 52 Mas ele, largando o lençol,
escapou-se-lhes nu.
Textos:
Solidão
De
resto, preparar uma visita é sempre aconselhável.
As
pessoas não são números… têm um nome, uma identidade, peculiaridades próprias
que têm o direito de ver respeitadas.
Quem
se propõe prestar assistência tem, em primeiro lugar, de informar-se sobre quem
vai assistir para poder adoptar um comportamento que esteja mais de acordo com
a personalidade do assistido porque não se pode utilizar uma técnica generalizada,
um padrão de visita.
Isso está reservado aos organismos
assistenciais que, infelizmente, não têm outra possibilidade.
Há
pobres – autênticos pobres – que nem suspeitam que o são.
Aqui
cabem aqueles que não conhecem a doutrina nem a beleza da fé cristãs, porque
esqueceram os rudimentos aprendidos em criança ou porque uma vida sem prática
da religião os mergulhou numa ignorância profunda.
Cabe
ao cristão despertar esses conhecimentos adormecidos e insuflar nova vida no
espírito dessas pessoas.
A fonte de água pura da sã doutrina, os
ensinamentos da Igreja, matará a sua sede de conhecimento e o bem que se fará
não é mensurável.
Não
vamos desprevenidos, preparemos um plano de conversas, sem massacrar o pobre
com inúmeras teses e corolários que não serão bem acolhidos por quem, o que
deseja ouvir, são coisas simples e práticas para recuperar a sua vida religiosa
e a prática da fé.
Não
nos esqueçamos que não somos professores dando uma aula de religião mas apenas
alguém que deseja partilhar o que sabe da religião e de Deus com outra pessoa.
Comecemos
pelas coisas simples e básicas do Catecismo, servindo-nos, por exemplo do
Compêndio, sem nos alargar muito em explicações teóricas.
A
pessoa há-de, por ela própria, começar, mais tarde ou mais cedo, a fazer as
perguntas que o que lhes fomos comunicando há-de suscitar.
Se
tal não acontecer, ou tardar em suceder, há que rever o que estamos a fazer e
como porque, muito provavelmente, não estamos a despertar o interesse que
deveríamos.
Repete-se
o conselho – prático e necessário – que já tantas vezes se referiu:
Façamos
as coisas com a direcção e orientação de quem sabe mais que nós sobre trabalhos
de apostolado, nomeada e principalmente, este que se refere concretamente à
formação.
A
nossa capacidade de ajudar parece inesgotável, encontramos sempre algo que
podemos fazer em prol daquele que precisa.
Temos um sentido prático das coisas que nos
diz quando devemos agir, quando é necessária a nossa intervenção.
Alhear-se destas realidades é viver num isolamento
forçado que não tem que ver com o ser humano que é, eminentemente, um ser
social
Somos
sempre mais ricos do que julgamos ser e muito menos pobres do que, muitas
vezes, nos dizemos.
Quando damos algo de nós, de facto,
enriquecemo-nos com a acção porque dar é uma das mais belas acções exclusivas
do ser humano.
Sim… exclusivas do ser humano porque um
animal irracional não dá coisa nenhuma simplesmente porque não pode, uma vez
que o dar é um acto consciente de vontade própria.
Podemos andar pela vida de mão estendida,
como quem espera – sempre – receber.
Mas seria bom que também abríssemos os braços
para acolher quem precisa de nós.
O que
podemos fazer?
Muitíssimo, basta olhar à nossa volta e
constatar a montanha enorme de misérias pessoais e colectivas que se abatem
sobre a sociedade mais próxima.
O pouco que aportarmos será – como se dizia –
muitíssimo, porque fará parte de um bolo enorme de solidariedade social.
Nunca acabaremos com a pobreza porque ela faz
parte da condição humana.
A
frase de Jesus Cristo é absolutamente verdadeira – como não podia deixar de ser
– e há que a ter em devida conta.
O que
podemos – e devemos – fazer, é minimizar as consequências da pobreza sobretudo
junto dos mais débeis e desprotegidos ou as crianças que não têm capacidade de
se auto-protegerem dos flagelos do mundo.
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