Fidelidade 4
A nossa fidelidade
apoia-se na fidelidade de Deus
Os cristãos mantêm
firme a confissão da sua esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa (Cfr. Hb 10,23;
11,11) e nos
chamou: “O que vos chama é fiel e, por isso, a cumprirá. Ele é o fundamento
da nossa fidelidade” (1 Ts 5,24). São Paulo não duvida em aplicar essa fidelidade divina à de Jesus Cristo:
“mas Deus é fiel: Ele vos confirmará e guardará do Maligno” (2 Ts 3,3). Afirmamos que
Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre: “Iesus Christus heri et hodie
idem, et in sæcula!” (Hb 13, 8).
A nossa vida nem
sempre é fácil, não é um caminho de rosas. Deus conta com o sofrimento como
parte de toda a fidelidade; São Pedro ensina-o: “mesmo os que tenham que
sofrer de acordo com a vontade de Deus, que encomendem as suas almas ao Criador,
que é fiel, mediante a prática do bem”» (1 Pe 4,19). Estamos marcados pelas consequências do pecado original. A nossa
fidelidade constrói-se em particular a partir da aceitação das nossas culpas e
da nossa petição de perdão: “se confessamos os nossos pecados, fiel e justo
é Ele para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade” (1 Jo 1,9). Isto é essencial
na nossa vida: para ser fiel é necessário reconhecer as faltas pessoais, pois
necessitamos de uma purificação do coração. Se ao aproximarmo-nos do Senhor não
começássemos a dizer “mea culpa”, como fazemos na Santa Misa, não
chegaríamos a lado nenhum.
A nossa fidelidade
constrói-se em particular a partir da aceitação das nossas culpas e da nossa
petição de perdão. A nossa fidelidade é resposta a uma chamada de Deus, que é
fiel e nos quer divinizar dando-nos o Espírito Santo. São Paulo expressa muito
bem como o sentido vocacional da nossa existência se desenvolve a partir dessa
fidelidade divina: “fiel é Deus, por quem fostes chamados à união com o seu
Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Cor 1,9; 10,13). De Deus não nos virá nunca a desilusão. Só Ele merece um amor absoluto,
pois esse amor vai para além da morte.
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