Segundo Mistério
Bodas de Caná
Este "mistério" evoca dois importantes
acontecimentos:
O início da vida pública de Jesus Cristo que pela
primeira vez nos aparece acompanhado de discípulos o que significa que a Sua
missão redentora começa por formar o escol, o núcleo central dos Seus seguidores
e a instituição formal do matrimónio.
Com a Sua presença Cristo avaliza a união entre um
homem e uma mulher.
Evidentemente que não pudemos esquecer o primeiro
milagre público que, de certo modo, vem "coroar" o dito antes.
É uma cena comum, familiar e, ao mesmo tempo, de sociedade. E Cristo está presente como que a demonstrar que não Se alheia da vida comum dos Seus irmãos os homens por mais trivial ou simples que possa ser.
Parece haver como que um "repensar" a
resposta que deu à Santíssima Virgem e, de facto, o que se pode concluir é que
terá querido de forma clara e iniludível sublinhar o "poder
intercessor" da Sua Santíssima Mãe.
Por outro lado, a Santíssima Virgem define de forma
lapidar o que, sabe, é o melhor para nós: «Fazei
o que Ele vos disser"!
Assim resume o que realmente deverá ser a nossa
postura no caminho da salvação:
Fazer em tudo, a Vontade de Deus!
Nunca estamos entregues a nós mesmos, Jesus Cristo
está connosco para nos guiar e conduzir.
E, se acaso, alguma vez não vejamos com suficiente
clareza o que fazer bastará perguntar-lhe: Senhor, agora, nestas
circunstâncias, com estas condicionantes que surgiram inopinadamente... que
queres que faça?
Sabemos por experiência própria que algumas vezes a vontade de Deus se apresenta como que difusa, pouco clara.
Outras vezes, trava-se uma luta no nosso íntimo entre aquilo que nos apetece fazer e o que sabemos nos convém que façamos.
E, o que nos convém, é sempre actuar com a meridiana certeza que fazemos o melhor que podemos em cada circunstância.
Os desejos, os propósitos têm sempre de estar estreitamente ligados à nossa consciência segura, bem formada que nunca deixará de nos alertar para o desvio, o desleixo, a comodidade.
Temos sempre um último recurso que, aliás, é o primeiro:
Pedir à Nossa Mãe do Céu que nos indique e leve por um caminho seguro.
O seu coração de Mãe extremosa não deixará de atender
a nossa súplica:
Cor Maria
Dulcíssimo iter para tuto!
(ama,
Malta, Abril de 2016)
[1]
São João Paulo II acrescentou estes
“Mistérios” a que chamou da Luz – ou Luminosos– ao Rosário de Nossa Senhora.
Não sei, evidentemente, a razão que terá levado o Santo Pontífice a fazê-lo e
alguém poderá questionar o que têm a ver com o Rosário Mariano. Têm tudo a ver
porque a vida de Nossa Senhora está tão intimamente unida à do Seu Filho, nosso
Salvador, que me parece muito lógico e adequado. Os Cinco Mistérios levam-nos a
considerar, principalmente, a instituição dos sacramentos que Jesus nos quis
deixar como preciosos e imprescindíveis meios para obter a Salvação Eterna que
nos ganhou na Cruz.
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