Um
camponês subiu à montanha e lá encontrou um ninho de águia no qual estava um
ovo. Pegando-Lhe cuidadosamente, trouxe-o para casa e foi pô-lo no galinheiro
debaixo de uma galinha que estava no choco.
Passado
o tempo devido, nasceram os pintos e juntamente nasceu também a pequena águia.
Seguindo e fazendo tudo o que faziam os seus “irmãos” pintos, a pequena águia,
embora muito diferente – uma águia é uma águia, um pinto é um pinto – em tudo
procedia como se pinto fosse.
Um
dia notou uma grande sombra projectada no chão e, levantando os olhos para o
céu viu uma águia, adulta, que voava majestosamente e perguntou a uma galinha
velha e experiente: Que é aquilo? A outra respondeu que era uma águia – Mas tu
– disse-Lhe – não olhes para ela pois nunca poderás voar como ela, a nós,
galinhas, cabe-nos andar por aqui, às bicadas no chão.
(P.
Manuel Martinez, citando Francisco F. Carvajal, Recolecção no Porto, Março de
2004)
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