Prólogo
A liturgia é uma realidade tão rica que deve
ser contemplada de vários e diferentes pontos de vista, de fora e de dentro.
Uma
abordagem só de fora não é suficiente, embora a liturgia seja essencialmente
uma realidade acessível aos nossos sentidos.
Mas
este é apenas um lado da medalha.
As
palavras e os ritos, os gestos e os símbolos, tudo que fala aos nossos
sentidos, expressa aquilo que é acessível aos olhos da fé: a acção
divino-humana que se realiza quando celebramos o mistério de Cristo.
A
teologia litúrgica é o estudo da liturgia em sua totalidade.
Através
dela conhecemos sobretudo a natureza da liturgia que, por sua vez, tem também
diversos aspectos e dimensões.
A
nossa tarefa é estudar a teologia da liturgia da constituição do Concílio
Vaticano II sobre a liturgia, a “Sacrosanctum
Concilium”.
Também
este documento conciliar contempla a liturgia na sua integridade e nas suas
diferentes dimensões.
Basicamente
faz isso logo no primeiro item da primeira parte do seu primeiro capítulo, nos
artigos 5 a 8, aos quais o Compêndio do Vaticano II organizado por Boaventura
Kloppenburg deu o titulo: “A natureza da liturgia”.
Podemos
sem problema considerar estes artigos como a teologia litúrgica do Concílio
Vaticano II.
Iremos
deter-nos quase exclusivamente nestes artigos da SC, já por causa do limite de
tempo que nos é dado, mas sobretudo porque aqui encontramos todo o essencial da
compreensão teológica da liturgia da “Sacrosanctum
Concilium”.
Realizaremos
este estudo em duas grandes partes, seguindo a própria “Sacrosanctum Concilium”: “A liturgia como momento da história da
salvação” e “a liturgia como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo”.
Estarão
integrados e serão acrescentados itens menores que também têm grande
importância num estudo da teologia da liturgia, tanto para o documento
conciliar quanto para nós.
(P.
Gregório Lutz, CSSp)
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