Somos filhos e
filhas de Deus.
Na sua segunda
encíclica, o Papa Francisco lembra-nos um dos profundos motivos da humildade.
Trata-se de uma verdade simples e grande que temos o perigo de esquecer muito
facilmente entre a agitação da vida quotidiana: Não somos Deus (Papa
Francisco, Encíclica Laudato si (24-V-2015), 67). A criação é, com
efeito, o ponto de partida firme do nosso ser: recebemos a nossa existência de
Deus. Quando aceitamos esta verdade fundamental, deixamo-nos transformar pela
graça divina. Conhecemos então a realidade, aperfeiçoamo-la e oferecemo-la a
Deus. O amor ao mundo que nos transmite São Josemaria leva-nos a querer
melhorar o que amamos, lá onde nos encontramos, e de acordo com as nossas
possibilidades. E no centro desta imensa tarefa encontra-se a humildade, que
nos ajuda a conhecer simultaneamente a nossa miséria e a nossa grandeza ((São Josemaria,
Amigos de Deus, 94): a miséria, que experimentamos com frequência, e a grandeza de ser, pelo
baptismo, filhas e filhos de Deus em Cristo.
QUEM É HUMILDE,
DESENVOLVE UMA SENSIBILIDADE PARA OS DONS DE DEUS, TANTO NA SUA PRÓPRIA VIDA
COMO NA DOS OUTROS. COMPREENDE QUE CADA PESSOA É UM DOM DE DEUS, E ASSIM ACOLHE
TODAS AS PESSOAS SEM COMPARAÇÕES NEM RIVALIDADES.
A humildade é a
virtude dos santos e das pessoas cheias de Deus (...): quanto mais sobem de
importância, tanto mais cresce nelas a consciência de nada serem e de nada
poderem fazer sem a graça de Deus (Papa Francisco, Discurso à Cúria Romana, 21-XII-2015). (cf. Jo 15, 8). Assim são as
crianças, e assim somos diante de Deus. Por isso é bom voltar ao essencial:
Deus ama-me. Quando uma pessoa se sabe amada por Deus – um Amor que descobre no
amor que os outros lhe mostram – pode amar a todos.
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