Passemos
a uma outra consequência da solidão:
A
amargura.
O
que é?
É
difícil de descrever porque quase nunca se sabe nem o motivo nem a razão, a meu
ver, tópicos fundamentais para a qualificar.
É
efectivamente um estado de alma condicionante em extremo do comportamento
pessoal quer em relação a si próprio quer em relação aos outros.
Ninguém
consegue interagir com outros se não reage consigo próprio.
Há
algo de fatalismo na amargura porque ab início não se tem uma visão clara mas
sim distorcida e pessimista do que se apresenta à consideração.
‘Não
vale a pena fazer isto porque a ninguém interessa’.
Fica-se
mergulhado numa apatia feroz, fechado hermeticamente, desinteressado de
participar no que for.
Por
dentro, às vezes, vai-se construindo uma como que “tese” para justificar este
comportamento, mas, a verdade, é que se interrogado a respeito, não se tem uma
resposta concreta e séria para dar.
(AMA, reflexões, Carvide, 14.08.2019)
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