VIA-SACRA
IX
ESTAÇÃO
JESUS
CAI PELA TERCEIRA VEZ
Nós Vos adoramos e
bendizemos oh Jesus! Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Mais
uma vez as Tuas forças cederam e Tu, o Rei dos Reis, cais por terra.
Estás
tão débil, tão esgotado que os soldados temem que não consigas chegar ao local
da Crucifixão. E ajudam-te a levantar. Não por compaixão ou piedade mas porque
têm pressa de acabar com tudo antes do entardecer. E Tu, num esforço tremendo,
levantas-te outra vez.
Pouco
falta agora.
Em
breve tudo se consumará.
Estes
últimos metros que Te separam ainda do local do supremo sacrifício, parecem
desmedidos.
Cada passo é um espasmo de
dor; mas Tu, sempre sem um queixume, segues o Teu Caminho.
Também
eu caí outra vez... e outra ainda. Não três vezes, como Tu, meu Deus, mas
muitas vezes.
Ah
Senhor!
Eu não quero cair mais
nenhuma vez, mas conhecendo-me fraco e pusilânime, peço-te o Teu auxílio para
me levantar sempre, custe o que custar.
A minha
cruz também é pesada, mas com o peso das minhas próprias faltas, dos meus
pecados, das minhas desistências, do meu orgulho, dos meus excessos, da minha
concupiscência.
A
Tua Cruz pesa muitíssimo mais e, no entanto, não há nela nada que seja Teu,
todo, mas todo o seu peso esmagador, é o resultado dos pecados de toda a
humanidade.
Quiseste
que Te visse cair sob o seu peso, para me ensinares que posso levar a minha
cruz, não obstante as quedas frequentes, as dificuldades e o esforço que
implica.
No fim, estarás Tu para me
tomares a cruz definitivamente e acolheres-me junto de Ti para todo o sempre.
PN, AVM, GLP.
Senhor: Tem piedade de nós.
(AMA, Porto, Quaresma de 1983)
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