(Cfr. Lc 8, 49-56)
Jesus não procura o rosto, mas o coração.
As lavagens e
abluções feitas com cuidado e rigor, não conseguem limpar o coração, ou tornar
a alma imaculada, mas, tão só, criar uma aparente ilusão de pureza, tal como,
as atitudes de reverência ou piedade, nada valem se o coração se mantém
distante e orgulhoso.
O nosso aspecto
exterior, o nosso comportamento social, é sem dúvida importante e devemos
tê-los muito em consideração, até porque, dependerá muito da forma como nos
apresentemos aos outros, limpos, arrumados com bons modos, etc., a influência
que poderemos exercer sobre eles, levando-os, por exemplo, a aceitar um convite
para uma actividade de carácter espiritual.
Aliás, são vários
os exemplos que Jesus nos dá, do Seu cuidado nas relações com os outros, na
maneira de vestir e de se apresentar; por exemplo: Jesus repara que Simão não
Lhe deu o beijo tradicional quando chegou a Sua casa; [1] ou o facto do
Mestre, que não tinha onde repousar a cabeça; [2] possuir uma túnica
que, por ser inconsútil, teria um valor apreciável o que levou os soldados
sortearem-na entre si [3] ou ainda, as
recomendações minuciosas que faz aos apóstolos, sobre o modo de saudar os donos
das casas que visitassem. [4]
Portanto, temos a
certeza que Jesus não desprezava as coisas do mundo, as aparências, ou seja,
aqueles actos exteriores que de alguma forma devem ser reflexo dos sentimentos
e disposições internas dos homens.
Assim, convém
termos as coisas muito claras e não nos deixarmos levar por escrúpulos ou
falsas premissas.
Os ensinamentos de
Jesus são iniludíveis a este respeito:
«Ninguém, depois de acender uma lâmpada, a
põe em sítio oculto ou debaixo do alqueire, mas no candelabro, para que vejam a
claridade aqueles que entram». [5]
(AMA, reflexões).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.