São
João de Brito
Evangelho: Mc 6, 7-17
Naquele tempo, Jesus chamou os doze
Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos
impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não
levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés
como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o
arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e
curaram-nos. Entretanto, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois a sua fama
chegara a toda a parte e dizia-se: «João Baptista ressuscitou dos mortos; por
isso ele tem o poder de fazer milagres». Outros diziam: «É Elias». Outros
diziam ainda: «É um profeta como os antigos profetas». Mas Herodes, ao ouvir falar
de tudo isto, dizia: «João, a quem mandei cortar a cabeça, ressuscitou». De
facto, Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de
Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por sua mulher.
Comentário:
Fica
aqui, neste texto de São Marcos, bem expressa a complexa – para dizer
brevemente – personalidade de Herodes.
A
morte por ele ordenada do Baptista não o deixou indiferente.
Ao
mesmo tempo parece acreditar na ressurreição dos mortos.
Toda
a sua parece destinada a cruzar-se com o Salvador – logo desde o Seu Nascimento
em Belém – numa espécie de mórbido temor pela sua pessoa e o seu estatuto de
rei da Judeia.
Já
o dissemos, é um personagem sinistro que ficará célebre até ao final dos
tempos, pelos piores e mais torpes actos.
(AMA,
comentário sobre Mc 6, 7-17, 22.10.2019)
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