Abuso de menores na Igreja
Este parece, infelizmente,
um assunto da ordem do dia.
Tem vendido muitos jornais
e revistas e dado que fazer às mentes doentias que encontram nestes assuntos
férteis campos de sementeira do mal.
Não se trata de trabalhos
de investigação nem sequer considerações sérias e que mereçam crédito na sua
generalidade.
Pessoalmente – triste e
desiludido – vejo, com alguma surpresa, membros destacados da Igreja Católica
deixarem-se arrastar pela vontade de esclarecer, opinar, dar remédio.
Por meu lado desejo
perguntar se alguém de bom senso comum e um mínimo de critério acredita que os
Sacerdotes e, até figuras de destaque da Igreja, se entregam as estas práticas
altamente reprováveis.
Nalguns casos, não será
antes o contrário?
Qual é o jovem de quinze –
ou ainda menos – anos de idade que que se deixa “corromper” porque ignora
inocentemente o que lhe é proposto - neste aspecto das relações sexuais – por
alguém mais velho seja ele quem for?
Basta fazer uma pesquisa
breve pelos telemóveis de muitos jovens para encontrar abundantes evidências de
que a sexualidade não tem nem segredos ou “tabus” para uma vastíssima maioria.
Mas, então, quer isto
dizer que muitos jovens corrompem sacerdotes?
Quer dizer exactamente
isso.
O sacerdote é um homem
como os outros e se não tem conselho seguro e fidedigno, e, sobretudo, oração
constante e profunda, fica muito permeável a este tipo de tentações em que
acaba por cair quase sem se dar conta.
Dando-se aos outros por
Amor de Cristo, o sacerdote tem muitos momentos de solidão com a
responsabilidade enormíssima de ser forte, corajoso, seguro e fiel e, na
solidão, é muito difícil manter-se incólume e fiel no seu caminho.
Um jovem mal-formado, pode
ser extremamente convincente e ser capaz de usar de artimanhas e estratégias
para corromper outros.
O demónio ataca por onde
menos se espera e está sempre à espreita como «leão rugidor», e, eu sei, que
isto acontece e tem acontecido.
Nem o decoro, a modéstia,
ou a vergonha devem impedir o sacerdote que sofreu tais ataques de o comunicar
em primeiro lugar ao seu Bispo e, depois, às autoridades civis.
Não escrevo isto “por
escrever”, tenho notícias fidedignas que tal já aconteceu, tal qual acima
escrevi.
(AMA, reflexões, 2019
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