29/02/2020

Abuso de menores na Igreja




Abuso de menores na Igreja

Este parece, infelizmente, um assunto da ordem do dia.

Tem vendido muitos jornais e revistas e dado que fazer às mentes doentias que encontram nestes assuntos férteis campos de sementeira do mal.

Não se trata de trabalhos de investigação nem sequer considerações sérias e que mereçam crédito na sua generalidade.

Pessoalmente – triste e desiludido – vejo, com alguma surpresa, membros destacados da Igreja Católica deixarem-se arrastar pela vontade de esclarecer, opinar, dar remédio.

Por meu lado desejo perguntar se alguém de bom senso comum e um mínimo de critério acredita que os Sacerdotes e, até figuras de destaque da Igreja, se entregam as estas práticas altamente reprováveis.

Nalguns casos, não será antes o contrário?

Qual é o jovem de quinze – ou ainda menos – anos de idade que que se deixa “corromper” porque ignora inocentemente o que lhe é proposto - neste aspecto das relações sexuais – por alguém mais velho seja ele quem for?
Basta fazer uma pesquisa breve pelos telemóveis de muitos jovens para encontrar abundantes evidências de que a sexualidade não tem nem segredos ou “tabus” para uma vastíssima maioria.

Mas, então, quer isto dizer que muitos jovens corrompem sacerdotes?
Quer dizer exactamente isso.
O sacerdote é um homem como os outros e se não tem conselho seguro e fidedigno, e, sobretudo, oração constante e profunda, fica muito permeável a este tipo de tentações em que acaba por cair quase sem se dar conta.

Dando-se aos outros por Amor de Cristo, o sacerdote tem muitos momentos de solidão com a responsabilidade enormíssima de ser forte, corajoso, seguro e fiel e, na solidão, é muito difícil manter-se incólume e fiel no seu caminho.

Um jovem mal-formado, pode ser extremamente convincente e ser capaz de usar de artimanhas e estratégias para corromper outros.

O demónio ataca por onde menos se espera e está sempre à espreita como «leão rugidor», e, eu sei, que isto acontece e tem acontecido.

Nem o decoro, a modéstia, ou a vergonha devem impedir o sacerdote que sofreu tais ataques de o comunicar em primeiro lugar ao seu Bispo e, depois, às autoridades civis.

Não escrevo isto “por escrever”, tenho notícias fidedignas que tal já aconteceu, tal qual acima escrevi.

(AMA, reflexões, 2019

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