(Cfr. Lc 8, 49-56)
Ter paz é ter a
consciência tranquila, viver não em função de si mesmo, mas em função dos
outros:
«Sabes, Senhor, qual é talvez a minha maior fraqueza?
É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas,
naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e
reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida.
E os outros?
Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm
paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas,
que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de
esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para
que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade
que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que
recebo e, além disso, a não julgar, a não emitir
opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes os
defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.
Senhor que eu saiba ser reconhecido aos outros pelo seu interesse e orações
por mim, mantendo-me atento às suas necessidades, mesmo que as não conheça em
pormenor.
Que o meu coração, o meu pensamento, não girem à volta de mim mesmo e dos
meus problemas, mas tendo em conta, em primeiríssimo lugar, os outros.
Meu Deus, sabes bem o que pesa na minha vida o valor da amizade, dos amigos
que tenho e que não me abandonam.
Ajuda-me a ser generoso com eles, a lembrar-me nas minhas orações e na
minha solidariedade, a ser, reconhecido, numa palavra». [1]
AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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