(Cfr. Lc 8, 49-56)
«Andai enquanto tendes luz para que
as trevas não vos dominem. Quem anda nas trevas não sabe para onde vai.» [1]
Aos poucos, como os dois de Emaús, vamos ouvindo o que
nos diz e compreendendo melhor o nosso papel na vida, na sociedade.
A caminho de Emaús, (…) aqueles discípulos estão
tristes. Mais que tristes: estão desanimados e desiludidos. Tinham andado,
talvez longo tempo, com o Mestre, escutado os Seus discursos, presenciado os
Seus milagres.
Ainda
há três dias, quando da entrada triunfal em Jerusalém, tinham gritado a plenos
pulmões: Hossana Filho de David!... e
agora... agora…, era a dura realidade:
O
Senhor morto e sepultado, os Apóstolos escondidos, toda a gente desorientada
sem saber o que fazer.
E
era isto que diziam um ao outro, queixando-se, lamentando talvez, tanto tempo e
tantas ilusões perdidas. Na sua confusão, nem sabiam bem o que pensar:
Teriam
sido enganados por um visionário que morrera vítima do seu próprio sonho?
Como
é que Jesus, que tinha poderes tão extraordinários que Lhe permitiam
ressuscitar mortos, curar enfermos, dar vista aos cegos e, ainda, com uns
poucos de pães e alguns peixes, saciar a fome a milhares de pessoas, ficara
assim, de repente, inerme, nas mãos dos Seus inimigos? (…)
Tudo
isto, em turbilhão, calculamos bem, nas suas cabeças e também nos seus
corações.
Estavam
confusos, tristes, desiludidos.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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