Não
ponhas o teu "eu" na tua saúde, no teu nome, na tua carreira, na tua
ocupação, em cada passo que dás... Que coisa tão maçadora! Parece que te
esqueceste que "tu" não tens nada, é tudo d'Ele. Quando ao longo do
dia te sentires, talvez sem razão, humilhado; quando pensares que o teu
critério deveria prevalecer; quando notares que a cada instante borbota o teu
"eu", o teu, o teu, o teu..., convence-te de que estás a matar o
tempo e que estás a precisar que "matem" o teu egoísmo. (Forja,
1050)
Pertransiit benefaciendo...
Que fez Jesus para derramar tanto bem, e só bem, por onde quer que passou? Os
Santos Evangelhos transmitiram-nos outra biografia de Jesus, resumida em três
palavras latinas, que nos dá a resposta: erat
subditus illis, obedecia. Hoje, que o ambiente está cheio de desobediência,
de murmuração, de desunião, havemos de estimar especialmente a obediência.
Sou
muito amigo da liberdade e precisamente por isso amo tanto essa virtude cristã.
Devemos sentir-nos filhos de Deus e viver com o empenho de cumprir a vontade do
nosso Pai, de realizar tudo segundo o querer de Deus, porque nos dá na gana,
que é a razão mais sobrenatural.
O
espírito do Opus Dei, que tenho procurado praticar e ensinar desde há mais de
trinta e cinco anos, fez-me compreender e amar a liberdade pessoal. Quando Deus
Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação
específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de
fortaleza, repleta sobretudo de amor, porque nos busca um a um, como filhas e
filhos seus, e porque conhece a nossa debilidade. O Senhor espera que façamos o
esforço de agarrar a sua mão, essa mão que Ele nos estende. Deus pede-nos um
esforço, prova da nossa liberdade. E para conseguirmos isso, temos de ser
humildes, temos de sentir-nos filhos pequenos e amar a bendita obediência com
que respondemos à bendita paternidade de Deus. (Cristo que passa,
17)
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