(Cfr. Lc 8, 49-56)
«E foi com ele».
Jesus não se detém mais tempo.
Provavelmente dando o braço a Jairo, numa atitude de
confiança, de tranquila certeza, diz-lhe que indique o caminho para sua casa.
Como deve tranquilizar-nos esta atitude do Mestre:
caminhando confiadamente connosco, deixando que O levemos onde queremos ir, ao
encontro da nossa necessidade.
Certamente entabulou conversa com o Seu companheiro,
informando-se da sua vida, do seu trabalho, a família.
Tal como fará em muitas ocasiões, muito
particularmente com dois, a caminho de Emaús.
Esses também vão para sua casa, procurando refúgio,
recato, pondo-se ao abrigo de uma situação que os afligia em extremo. Tinha acontecido
um desastre, algo que não conseguiam explicar. Nas suas mentes entrechocavam-se
os pensamentos mais contraditórios, as dúvidas mais profundas.
Estão desorientados, sem saber que fazer ou pensar.
E, Jesus, junta-se-lhes no caminho e ouve-os, escuta
as suas dúvidas, interroga-os com interesse. Quer saber, deseja inteirar-se. E,
depois, esclarece, explica, tranquiliza.
Este Senhor que caminha ao nosso lado e cuja presença, tantas vezes,
ignoramos, é o mesmo Jesus que caminha agora com Jairo, tranquilamente,
conversando na Sua voz profunda, suave, segura, transmitindo paz, confiança,
tranquilidade.
Como desejamos esta companhia tão excelente todos os dias da nossa vida, em
todos os caminhos que temos de percorrer!
Nunca estamos sozinhos, Jesus está sempre connosco e, por extraordinário
que possa parecer, mesmo quando não O convidamos expressamente, ou nos
esquecemos de Lhe pedir para nos acompanhar.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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