(Cfr. Lc 8, 49-56)
‘Desprendido de tudo: O que tenho e
o que não tenho. Desprendido dos "desejos de ter", mesmo daqueles que
parecem legítimos. Desprendido das coisas grandes e das pequenas que quase não
têm importância. Desprendido das "minhas coisas", das "minhas
vontades", daquilo que é "meu". Coração grande, aberto a todos
e, sobretudo, aberto a Deus para que o encha o amor a Si e aos outros, não deixando
lugar a mais nada.’ [1]
Se eu pudesse, melhor, se eu realmente quiser ser íntimo de Jesus, nada
mais tenho a fazer que deixá-Lo tomar posse de mim, entregar-me, gostosamente
nas Suas mãos amorosas com plena confiança e a certeza que não poderia estar
melhor.
Nem as considerações do pouco que sou, dos meus defeitos, das minhas faltas
de coerência e tantas… tantas pequenas coisas que arrasto como um lastro que me
mantém sujeito a uma quase servidão de manias, tiques, falsas depressões, a
minha dignidade ofendida por tantos e tantas vezes, o não reconhecimento de
como sou bom, especial… nada disto e muito mais, é desconhecido de Jesus
Cristo.
«E, mesmo assim, Ele quer, procura a minha intimidade. Lembro-me do
publicano que nem coragem tinha de levantar os olhos ao alto. Mantinha-os
baixos e batia no peito dizendo: «Senhor,
tem piedade de mim que sou um pecador» [2] e encho-me de coragem já que, tenho a certeza, (…) devemos sentir-nos
fortes com tais jaculatórias, feitas com actos de dor amorosa e com desejos de
divina reconciliação a fim de que, por meio delas, exprimindo diante do
Salvador as nossas angústias, confiemos a alma ao Seu Coração misericordioso
que a receberá com piedade». [3]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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