(Cfr. Lc 8, 49-56)
Ajoelhar-se diante
de Jesus é uma atitude constante no Evangelho.
Pouco antes deste
relato sobre Jairo, S. Marcos conta-nos o que aconteceu com um leproso:
«Vem ter com Ele um leproso que, suplicando e
lançando-se de joelhos Lhe diz: Se quiseres, podes limpar-me» [1] [2]
De facto, qualquer
atitude corporal pode ser adequada para se falar com Deus.
Perante o nosso
progenitor também não costumamos tomar nenhuma atitude especial, claro está,
dentro das normas do respeito que nos merece.
Mas, na oração, que
é o nosso diálogo com Deus a nossa postura deverá ser, além de amor filial, e
preferencialmente, de recolhimento, de veneração de reconhecimento do nosso
“nada” perante o Criador de todas as coisas. A resposta de Jesus a esta postura
de humildade e entrega confiante é sempre generosa, pronta, extraordinária. Ele
comove-se, enternece-se, sente-se movido a satisfazer o que pedimos.
«Por isso, sem medo
de exageros ou interpretações acomodatícias, temos de concluir que rezar de
joelhos, mortificando o corpo, é sumamente agradável a Deus.» [3]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
[2]
Aquele homem ajoelha-se prostrando-se por terra o que é sinal de humildade -,
para que cada um se envergonhe das manchas da sua vida. Mas a vergonha não
há-de impedir a confissão: o leproso mostrou a chaga e pediu remédio. A sua
oração está, além disso, cheia de piedade: isto é, reconheceu que o poder de se
curar estava nas mãos do Senhor» (S. Beda,
Comentário ao Ev. de S. Marcos, 1,
40-45).
[3] D. Javier Echevarria, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Cap.
IV, 4.
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