26/11/2019

THALITA KUM 20


THALITA KUM 20

(Cfr. Lc 8, 49-56)

Ajoelhar-se diante de Jesus é uma atitude constante no Evangelho.

Pouco antes deste relato sobre Jairo, S. Marcos conta-nos o que aconteceu com um leproso:

«Vem ter com Ele um leproso que, suplicando e lançando-se de joelhos Lhe diz: Se quiseres, podes limpar-me» [1] [2]

De facto, qualquer atitude corporal pode ser adequada para se falar com Deus.
Perante o nosso progenitor também não costumamos tomar nenhuma atitude especial, claro está, dentro das normas do respeito que nos merece.
Mas, na oração, que é o nosso diálogo com Deus a nossa postura deverá ser, além de amor filial, e preferencialmente, de recolhimento, de veneração de reconhecimento do nosso “nada” perante o Criador de todas as coisas. A resposta de Jesus a esta postura de humildade e entrega confiante é sempre generosa, pronta, extraordinária. Ele comove-se, enternece-se, sente-se movido a satisfazer o que pedimos.

«Por isso, sem medo de exageros ou interpretações acomodatícias, temos de concluir que rezar de joelhos, mortificando o corpo, é sumamente agradável a Deus.» [3]

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] Mc 1, 40.
[2] Aquele homem ajoelha-se prostrando-se por terra o que é sinal de humildade -, para que cada um se envergonhe das manchas da sua vida. Mas a vergonha não há-de impedir a confissão: o leproso mostrou a chaga e pediu remédio. A sua oração está, além disso, cheia de piedade: isto é, reconheceu que o poder de se curar estava nas mãos do Senhor» (S. Beda, Comentário ao Ev. de S. Marcos, 1, 40-45).
[3] D. Javier Echevarria, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Cap. IV, 4.

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