
A piedade que nasce da filiação divina
é uma atitude profunda da alma, que acaba por informar toda a existência: está
presente em todos os pensamentos, em todos os desejos, em todos os afectos. Não
tendes visto como, nas famílias, os filhos, mesmo sem repararem, imitam os
pais: repetem os seus gestos, seguem os seus costumes, se parecem com eles em
tantos modos de comportar-se?
Pois o mesmo acontece na conduta de um
bom filho de Deus. Chega-se também, sem se saber como nem por que caminho, a
esse endeusamento maravilhoso que nos ajuda a olhar os acontecimentos com o
relevo sobrenatural da fé; amam-se todos os homens como o nosso Pai do Céu os
ama e – isto é o que mais importa – consegue-se um brio novo no esforço
quotidiano para nos aproximarmos do Senhor. As misérias não têm importância,
insisto, porque aí estão ao nosso lado os braços amorosos do nosso Pai Deus
para nos levantar. (Amigos de Deus, 146)
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