15/08/2019

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM

Assunção de Nossa Senhora

Evangelho: Lc 1, 39-46

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Comentário:

O dom especial de São Lucas descreve uma cena de capital importância como uma história simples, natural absolutamente “normal”.

A jovem Mãe que traz no seu ventre o Salvador não pensa em si e na “sua grandeza excepcional” mas nos outros, neste caso Isabel que necessita da sua assistência nos meses que antecedem o parto do filho há muito esperado.

E vai «apressadamente», como sublinha o Evangelista, cheia de ardor solidário e prestativo pelos árduos caminhos da montanha de Judá.

A alegria do encontro está bem patente no que se segue: a saudação de Isabel e o magnífico hino da Santíssima Virgem.

Este importantíssimo episódio é bem elucidativo do carácter da Santíssima Mãe de Deus: os outros, sempre os outros!

Declara sem rebuço que sabe muito bem quem é, e conhece os desígnios de Deus a seu respeito mas tudo –a absolutamente tudo – se deve ao Senhor e aos Seus altos desígnios.

Ela será sempre a escrava do Senhor!

(AMA, comentário sobre Lc 1, 39-46, 20.05.2019)



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