Deus quer-nos infinitamente
mais do que tu próprio te queres... Deixa-o, pois, exigir-te! (Forja,
813)
O Senhor conhece as nossas
limitações, o nosso individualismo e a nossa ambição: a dificuldade em nos
conhecermos a nós mesmos e de nos entregarmos aos outros. Sabe o que é não
encontrar amor e verificar que mesmo aqueles que dizem segui-Lo o fazem só a
meias. Recordai as cenas tremendas que os evangelistas nos descrevem e em que
vemos os apóstolos ainda cheios de aspirações temporais e de projectos
exclusivamente humanos. Mas Jesus escolheu-os, mantém-nos juntos de Si e
confia-lhes a missão que recebeu do Pai.
Também a nós nos chama e
nos pergunta como a Tiago e João: Potestis
bibere calicem quem ego bibiturus sum?; estais dispostos a beber o cálice
(este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou
beber? "Possumus"!. Sim,
estamos dispostos! – é a resposta de João e Tiago... Vós e eu, estamos
dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus? Demos ao
Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos
interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio? Há em nós alguma coisa
que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos
purificarmos? Hoje apresenta-se-nos a ocasião de rectificar. (Cristo
que passa, 15)
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