Aconteceu que, ontem, como de há quatro anos para cá, passei a noite sozinho. A minha casa é muito grande, 3 pisos e com cerca de
duzentos anos.
Dei comigo a
"ouvir" a casa: os pequenos ruídos que normalmente passam
despercebidos, as madeiras que estalam, uma janela que bate com a força do
vento ou da chuva, os soalhos que estremecem quando os autocarros passam na
rua.
Fiquei, assim, um
bocado, vigilante e atento e, quanto mais apurava os sentidos, mais ruídos,
sons, barulhos me parecia ouvir com fantástica nitidez. Conseguia
identificá-los: agora foi na sala; este foi na escada...
Agora ocorre-me que é assim que desejo estar durante o Advento que hoje começa: Desperto, vigilante, atento.
Agora ocorre-me que é assim que desejo estar durante o Advento que hoje começa: Desperto, vigilante, atento.
Quero distinguir tudo
aquilo - e muito será - que normalmente não me dou conta e que anda à minha
volta numa zoada tremenda; identificar bem as "armadilhas" que se me
deparam ao longo do dia; estar consciente do mundo que me rodeia.
Desprendido, mas
interessado;
Confiante, mas atento;
Sereno, mas vigilante.
(ama,
reflexões, 03.12.2006)
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